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Abrale lança campanha de conscientização sobre diagnóstico precoce do linfoma

São Paulo – SP 24/8/2020 – Conhecer os sintomas do linfoma e procurar por um médico assim que notar algo diferente no corpo são atitudes que fazem diferença no diagnóstico e tratamento

Agosto é o mês dedicado a informar sobre os sinais da doença; Brasil deve ter mais de 12 mil novos casos de linfoma em 2020

A Abrale – Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia aproveita o “Agosto Verde Claro” – mês dedicado à conscientização do linfoma, para informar sobre os sinais da doença e a importância do diagnóstico precoce. O Instituto Nacional de Câncer estima que 12.670 novos casos da doença sejam registrados no Brasil neste ano.

Os linfomas podem acontecer em qualquer pessoa, independentemente da idade, sexo, classe social. Conhecer os sintomas e procurar por um médico assim que notar algo diferente no corpo fazem importante diferença para o diagnóstico precoce e melhores resultados no tratamento. Entre estes sinais, estão o aumento do volume de um ou mais linfonodos no pescoço, região axilar ou região inguinal, perda de peso, febre, sudorese noturna, fraqueza progressiva, aumento do volume do abdômen, tosse, dificuldade para respirar. “Por isso queremos trazer, com a nossa campanha, o quanto o acesso à informação é essencial à população. Escolha conhecer o linfoma e escolha, sempre, cuidar de sua saúde”, ressalta Merula Steagall, presidente da Abrale.

O que é linfoma?
O linfoma acontece quando os linfócitos e seus precursores que moram no sistema linfático, e que deveriam nos proteger contra as bactérias, vírus, dentre outros perigos, transformam-se em malignos, crescendo de forma descontrolada e “contaminando” o sistema linfático. Eles são divididos em 2 tipos: linfoma de Hodgkin (LH) e linfoma não-Hodgkin (LNH).

Ambos os linfomas apresentam comportamentos, sinais e graus de agressividade diferentes. A principal diferença está nas células doentes: o LH é caracterizado pela presença de células grandes e facilmente identificáveis no linfonodo acometido, conhecidas como células de Reed-Sternberg. Já o LNH não tem um tipo celular característico.
Quanto à gravidade, em ambos os tipos, dependerá do subtipo e do estadiamento em que o linfoma for detectado.

“Houve uma verdadeira revolução no tratamento das doenças neoplásicas linfoproliferativas. Ou seja, nos linfomas de Hodgkin e não-Hodgkin. Além dos clássicos fatores de prognóstico, hoje temos identificados os chamados biomarcadores. Juntamente com o prognóstico, eles também nos ajudam a constatar quais tipos de tratamento podem ser mais ou menos úteis. Com isso, entramos na era da terapia alvo, podendo, muitas vezes, personalizar para cada tipo de paciente e linfoma”, Prof. Dr. Carlos Chiattone,
coordenador do Centro de Linfomas do Hospital Samaritano Higienópolis.

Pesquisa evidencia diagnóstico tardio da doença no Brasil
Levantamento realizado pelo Observatório de Oncologia confirma a hipótese de que o diagnóstico dos pacientes com linfoma no Brasil atendidos pelo SUS entre 2008 e 2017 foi tardio, o que pode interferir na alta taxa de mortalidade pela doença no país, principalmente entre os pacientes do sexo masculino. Foram identificados 70.850 casos de linfomas no período, 55% entre homens, com média de 55 anos, 27% dos casos foram linfoma de Hodgkin. O LH predominou na população mais jovem (idade média de 28 anos).

Mais da metade dos pacientes (58%) foi diagnosticada com doença avançada, com diagnóstico mais tardio em 60% dos homens e 57% das mulheres. Mais pacientes com LNH foram considerados com estádios III e IV (62%) em comparação com o LH (49%). Ocorreram 45.601 óbitos por linfoma no período analisado (12% LH e 88% LNH), com média de idade de 63 anos e mais comum no sexo masculino (55%).

O estudo sugere, entre outras medidas, que a capacitação dos profissionais de Saúde para o diagnóstico deve ser intensificada, com especial atenção ao linfoma não-Hodgkin, cujo diagnóstico foi mais tardio. O levantamento também indica que devem ser estabelecidas metas para antecipar o início do tratamento, melhorando o prognóstico da doença no país.

Sobre a Abrale
A Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) foi fundada por pacientes e familiares em 2002, com a missão de oferecer ajuda e mobilizar parceiros para que todas as pessoas com câncer do sangue no Brasil tenham acesso ao melhor tratamento. A atuação da associação é sustentada por quatro pilares: Apoio ao Paciente, Educação e Informação, Pesquisa e Monitoramento e Políticas Públicas.

Website: http://www.abrale.org.br

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