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Ipatinga avança em busca da universalização do tratamento de esgoto

No Brasil, o saneamento básico é um direito previsto por lei. Ou seja, de acordo com a Lei nº 11.445, é dever do governo buscar formas de proporcionar a universalização dos serviços de esgotamento sanitário, garantindo a todos os cidadãos a prestação desses serviços essenciais para o bem-estar e a saúde. Contudo, infelizmente, para muitos essa ainda é uma realidade muito distante.

Quase 100 milhões de pessoas não são contempladas com coleta de esgotos e apenas 45% dos esgotos são tratados, de acordo com dados do Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento. Assim é que ganham ainda mais significado as ações hoje empreendidas pelo governo municipal de Ipatinga nesta área. Neste momento, a atual Administração executa o maior conjunto de obras de esgotamento sanitário das últimas décadas, significando mais qualidade de vida para milhares de moradores e, em paralelo, proteção adequada ao meio ambiente. São mais de R$ 12 milhões em investimentos, com implantação de redes de coleta, estações elevatórias, construção de gabiões e interceptores junto aos cursos hídricos, eliminando poluição e mau cheiro.

As obras em curso estão espalhadas por cinco bairros da cidade e fazem com que Ipatinga assuma posição ainda mais destacada no bloco das cidades que avançam na universalização da coleta e tratamento de esgoto. O município chegará aos próximos meses à marca de aproximadamente 95% de esgoto coletado e tratado entre uma população de mais de 260 mil habitantes.

Os recursos foram assegurados pela Fundação Renova como compensação por danos provocados pelo acidente ambiental ocorrido em Mariana, em novembro de 2015, em cidades da bacia hidrográfica do Rio Doce.

A obra com maior volume de ações e recursos empenhados acontece a partir do bairro Vila Celeste, próximo à ponte de ligação com o bairro Cidade Nobre, seguindo até a região das Chácaras Madalena. Abrange ruas onde há problemas históricos de lançamento de esgoto diretamente no ribeirão Ipanema, como Pelicano, Tucanuçu, Sensitiva e Sálvia. Em paralelo, a construção de interceptores representa a eliminação do dano ambiental no local. Uma estrutura de gabião de quase dois mil metros de extensão tem a função de conter os processos erosivos e proteger a rede de interceptores.

“Todas as nossas ações buscam a proteção da saúde e preservação do meio ambiente em nossa cidade. Certamente, estamos falando do maior programa de obras de saneamento básico em Ipatinga dos últimos 20 anos. Além da obra do Vila Celeste e Chácaras Madalena, estamos promovendo no Horto a separação das redes de coleta de esgoto e pluvial. Essa medida vai impedir que, principalmente em períodos chuvosos, o esgoto trasborde nos bueiros, causando mau odor e riscos à saúde dos moradores”, enfatizou a diretora do Departamento de Meio Ambiente da PMI, Núbia Fernandes.

Conforme destacou Núbia, as obras de construção de uma nova rede de esgoto para atender o bairro Horto são aguardadas há anos pela população também em função do grande ‘boom’ de construções experimentado pelo núcleo residencial. Os serviços foram retomados nos últimos dias após um período de readequação de projetos e são um desafio ainda devido às condições do subsolo na região, que exigem que as valas abertas sejam logo recompostas por causa da tendência a desmoronamentos em condições mais instáveis.

No local, a Prefeitura de Ipatinga investe na instalação de rede coletora de esgoto nas ruas Jacarandá, Jequitibá, Ficus, Eucaliptos, Cedro, Caviúna e Palmeiras, além da avenida Castelo Branco. Entre as ruas Jequitibá e Palmeiras é implantada uma Estação Elevatória para receber e bombear o esgotamento sanitário até a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Amaro Lanari. Oitenta por cento de sua estrutura já está erguida. Após as obras de saneamento, o bairro receberá o recapeamento das ruas e avenidas por meio do programa ‘Nova Ipatinga’.

Na avenida Maanaim, a empresa vencedora da licitação executa o remanejamento de interceptores de esgoto e reconstrução de trecho de gabião. A intervenção se faz necessária após a erosão de parte da encosta e o rompimento de faixa do muro de gabião, o que acabou deixando desprotegida a rede coletora de esgoto.

No Vagalume, a área a ser atendida se estende da rua Piau à rua Tambaqui. No local estão sendo construídos quase 500 metros de gabião na margem do córrego para a proteção de uma rede de coletores de esgoto, além de uma pequena galeria.

Já no Limoeiro, as obras de esgotamento contemplam o trecho trecho entre as ruas Manga e Maracujá. Leonor Salomão, moradora do bairro há mais de 40 anos, diz que já não acreditava mais na obra. “Cansei de ver o pessoal da prefeitura vir prometer isso. Agora, vemos que realmente vai acontecer. Estão olhando por nós. Só quem mora aqui sabe o fedor e as outras implicações para a saúde. Muitas crianças sofrem com doenças e têm vômito e diarreia. Achamos que pode ser esse esgoto quase na nossa porta. Estou muito feliz que agora vai ser feito”.

FONTE: PMI

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