Mais uma vez, a decepção e desalento. É esta a sensação que a direção do Shopping Vale do Aço deixou transparecer sobre a falta de um acordo que permita a reabertura do centro de compras, fechado deste março, fato que já provocou o encerramento das atividades de sete empresas ali instaladas.
Depois de duas semanas de espera, a audiência realizada hoje envolvendo representantes do Shopping, do Ministério Público, da Prefeitura de Ipatinga (PMI) e do Sindcomércio, mediada pelo juiz Luiz Flávio Ferreira, foi outra vez controversa. Uma nova audiência de conciliação foi marcada para o próximo dia 13 (quinta-feira). Antes disso, a PMI se comprometeu a novamente reunir o Comitê Gestor de Crise e analisar a situação.
Para o superintendente do shopping, Ricardo Martinez, a situação é dramática e se algo não for feito no sentido de se promover a reabertura do local, a situação deve piorar, com mais empresas fechando suas portas. Para Martinez, a solução estaria na adesão do município ao Programa Minas Consciente, que assim, possibilitaria a retomada. Martinez destacou que dos 43 shoppings atualmente existentes em Minas Gerais, apenas o do Vale do Aço está fechado. Martinez reclamou ainda da falta de efetividade do poder público em encontrar uma alternativa para que as lojas do centro de compras possam voltar a funcionar, tendo para isso o apoio do presidente do Sindcomércio/Vale do Aço, José Maria Facundes.
“Fazemos coro ao que a Intermall, administradora do Shopping, tem defendido: estamos amarrados às deliberações 17 e 39 (Minas Consciente) e é preciso encontrar uma terceira via, de maneira que o Shopping possa retomar suas atividades o quanto antes. Estar à mercê de um Comitê Gestor que é consultivo e não deliberativo é muito complicado. Esta ausência de perspectivas tem prejudicado muito a todos”, ressaltou.