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HEADER – DESTAQUES VALE DO AÇO – BNDF

Ipatinga já perdeu 13 mil empregos em 2020  

O primeiro semestre foi sombrio no Vale do Aço, com a perda de quase 13 mil postos de trabalhos em diversos segmentos da economia. Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério da Economia, a maior parte destes desligamentos aconteceu durante a pandemia do coronavírus, que começou em março e ainda segue sem uma data definitiva para acabar.

De acordo com levantamento feito pelo Sindcomércio, os cinco primeiros meses de 2020 foram trágicos para a economia da região, começando por Ipatinga. As empresas da cidade diminuíram em mais de 5 mil o número de seus funcionários, com o comércio e a prestação de serviços batendo recorde negativo: já são quase 2 mil postos de trabalho a menos nos dois segmentos. No total, incluídas outras atividades econômicas, foram 12,9 mil desligamentos de janeiro a maio e outros 7,8 mil trabalhadores admitidos no mesmo período

 Enquanto o comércio e a prestação de serviços de Ipatinga registraram saldo negativo de 2 mil empregos nos cinco primeiros meses do ano, a construção civil foi outro segmento drasticamente afetado, com 1,6 mil trabalhadores a menos no setor. Já a indústria apontou uma redução de 1,4 mil postos de trabalho, enquanto a agropecuária foi responsável pelo fechamento de oito vagas formais.

Outra realidade

As outras cidades do Vale do Aço vivem realidade diferente. Em Timóteo, também de janeiro a maio, o saldo de demissões/admissões está negativo em 464: 2.284 desligamentos contra 1.820 demissões. O comércio da cidade foi responsável pelo fechamento de 157 vagas, enquanto a construção civil demitiu 289 trabalhadores a mais do que admitiu. Na indústria, o saldo negativo é de 89, enquanto a prestação de serviços foi o único setor responsável pelo saldo positivo de vagas formais: 71. “Nesses 5 meses foram fechados 2,54% dos postos de trabalho em Timóteo”, calcula o presidente do Sindcomércio.

Já em Coronel Fabriciano, as admissões (2.249) e desligamentos (2.564) até maio geraram um saldo negativo de 315 postos de trabalho. Mais uma vez, o comércio e a prestação de serviços foram os mais afetados, demitindo 149 trabalhadores a mais do que admitindo. A construção civil foi responsável pelo fechamento de 126 vagas na cidade. A indústria, por sua vez, registrou saldo negativo de 42 postos de trabalho. Na agropecuária, houve saldo positivo de duas novas vagas formais.

     

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