A Comissão externa de enfrentamento à Covid 19, da Câmara dos Deputados, debateu hoje (1º) o desenvolvimento da vacina da Universidade de Oxford e a participação do Brasil nesse processo.
A presidente da Fundação Oswaldo Cruz, Nísia Trindade, destacou o estágio avançado da pesquisa e também a oportunidade de incorporação tecnológica pelo Brasil. A Fiocruz, por meio da unidade de Bio-Manguinhos, será responsável pelo desenvolvimento do imunizante. Se demonstrada eficácia, serão 100 milhões de doses à disposição da população brasileira.
Nísia Trindade destacou a importância da ciência neste momento de pandemia.
A diretora médica da AstraZeneca Brasil, Maria Augusta Bernardini, explicou o desenvolvimento do imunizante e como estão sendo feitos os testes da fase clínica com voluntários. Ela adiantou que, entre outubro e novembro, já será possível ter resultados preliminares.
Segundo o diretor-executivo de Relações Corporativas, da AstraZeneca Brasil, Jorge Mazzei, a empresa vai abrir mão dos lucros inicialmente.
O governo brasileiro anunciou, no último sábado (27), um acordo de cooperação com o laboratório AstraZeneca, que prevê a compra de lotes de vacina desenvolvida pelo laboratório e pela Universidade de Oxford, além de transferência de tecnologia.
O acordo tem duas etapas. Na primeira, o governo vai pagar pela tecnologia, mesmo não tendo os resultados dos ensaios clínicos finais. Serão mais de 30 milhões de doses da vacina, no valor total de US$ 127 milhões, incluídos os custos de transferência da tecnologia e do processo produtivo da Fiocruz. Essas primeiras doses devem ser entregues entre dezembro deste ano e janeiro de 2021.
FONTE: https://radioagencianacional.ebc.com.br/