Fechado há quase três meses, o Shopping Vale do Aço luta desesperadamente para obter a licença de retorno das atividades comerciais. Para isso, a direção do principal centro de compras da região já cumpriu, segundo seus administradores, cerca de 20 medidas que visam o reforço na higienização e de proteção para todos os visitantes do empreendimento. As medidas, tiveram a assessoria técnicas da Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers) que criou um protocolo de recomendações junto à área de Consultoria dos hospitais Sírio-Libanês (SP) e Mater Dei (MG), com o objetivo de orientar os estabelecimentos para o momento de reabertura.
Segundo Rafael Martinez, gerente geral do empreendimento, todas as recomendações foram seguidas e implantadas, deixando o espaço preparado para voltar a funcionar, tendo ainda plena capacidade de atender o público com segurança e garantir a saúde e o bem-estar de clientes e funcionários. “Essas ações demonstram como o comércio pode ser aliado da saúde e da população nesse momento de pandemia. Esperamos que tão logo os números da cidade melhorem, possamos reabrir juntamente com o comércio de rua”, frisou Martinez.
Mas, todas essas ações esbarram hoje na negativa do poder público em conceder a autorização para reabertura. Algumas tentativas até já foram feitas, mas nas últimas delas uma ação movida pelo Ministério Público impediu a continuidade da reabertura. De acordo com o gerente geral, muitas famílias dependem do shopping funcionando para sobreviver, “somos uma das principais geradoras de empregos da região, por isso a reabertura se faz urgente”, destacou.
Desde sua terceira expansão, que aconteceu em 2015 com investimento de R$ 200 milhões, o shopping emprega, de maneira direta ou indireta, segundo Martinez, 3,5 mil pessoas. Sua área de influência comercial engloba 138 municípios (5,7% do PIB do estado) e seu fluxo diário de visitantes é de 16 mil pessoas. Atualmente 20 outros shoppings já retomaram o funcionamento em Minas Gerais e 411 no Brasil.