A chegada do pico da doença, aliada a outros fatores como intensa movimentação das pessoas e até mesmo o clima mais frio, podem provocar um aumento astronômico de casos de coronavírus nos próximos 30 dias na Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA). A previsão, que chega a 100 mil, faz parte de um documento oficial do Governo de Minas, emitido pela Secretaria de Saúde (SES) e de posse da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana (ARMVA).
Se as projeções atingirem os números indicados, haverá, segundo a SES, uma necessidade de até 5 mil leitos de UTI, algo considerado inviável, considerando que o cenário de expansão da capacidade das UTIs na região, conforme o plano de contingência, chegaria a cerca de 150, no máximo.“A situação é grave, os indicadores apontam um cenário futuro adverso e isso demanda uma ação imediata para proteger a população do Vale do Aço de uma mortandade sem precedentes”, diz um trecho do Ofício Circular 18.
Diante de tais fatos, a SES e a ARMVA alertaram aos prefeitos sobre a necessidade de seus municípios aderirem de forma mais efetiva ao Plano Minas Consciente, uma vez que a maioria das cidades ainda não adotou os protocolos previstos, ao mesmo tempo que tem sido observado uma queda nas medidas de isolamento.
O Governo Estadual ainda ressaltou que, apesar da rede assistencial de Minas estar organizada por meio do Plano de Contingência de forma a atender a população também em relação aos problemas que pioram o quadro da covid-19, é essencial que os municípios continuem a adotar o distanciamento para evitar a progressão descontrolada da doença e o aumento do número de óbitos
“A intenção da SES-MG é de sensibilizar os prefeitos do Vale do Aço para a necessidade de manter o isolamento e o distanciamento social para a não propagação descontrolada da covid-19, o que tem sido a ferramenta mais efetiva”, afirmou o secretário de Saúde, Carlos Eduardo Amaral.