Com menos de 30 dias, Ministro da Saúde Nelson Teich é mais uma vítima da insistência do presidente em relação a Cloroquina. Essa é a segunda troca do chefe da Saúde em meio à pandemia da covid-19, que já fez quase 14.000 vítimas e 202.000 infectados no Brasil.
O ministro da Saúde, Nelson Teich, pediu exoneração do cargo, segundo informou comunicado da pasta à imprensa na manhã desta sexta-feira, 15. Haverá uma coletiva de imprensa nesta tarde para tratar sobre o assunto. A decisão do médico vem menos de um mês após ele aceitar o cargo, substituindo Luiz Henrique Mandetta, demitido pelo presidente em 16 de abril.
Na quinta (14), Bolsonaro havia dito que iria “exigir” do ministério a adoção de um novo protocolo indicando o uso da cloroquina para pacientes em estágio inicial da doença. Bolsonaro vem promovendo a cloroquina como “salvação” contra o coronavírus desde o início da crise, mas diversos estudos nacionais e internacionais mostram que o uso do remédio não diminui o número de mortes ou de internações por covid-19 e pode ter efeitos colaterais muito prejudiciais.
Teich havia assumido a pasta em 17 de abril, após a demissão de Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) — que saiu após um mês de conflito com Bolsonaro.