Sistema Ocemg distribuirá 20 mil máscaras faciais em Minas para ajudar na prevenção da Covid-19

Para conter o avanço da disseminação do coronavírus e colaborar com seus cooperados, colaboradores, clientes, parceiros e toda a comunidade, o Sistema Ocemg irá distribuir 20 mil máscaras de proteção individual. A iniciativa também foi uma forma de contribuir com a produção da Cooperárvore, cooperativa formada por costureiras de Betim, que teve suas atividades impactadas pela pandemia e estava com as atividades praticamente suspensas por falta de demanda. Todas as máscaras levam o selo do Movimento SomosCoop e do Dia de Cooperar (Dia C), além da marca do Sistema Ocemg – entidade de representação e defesa do cooperativismo no Estado.

Os itens serão distribuídos prioritariamente para cooperativas dos ramos crédito, transporte, consumo, agro e saúde, além dos funcionários do Sistema Ocemg. As cooperativas contempladas pela ação estão na linha de frente e atuam em serviços essenciais à população.

A doação das máscaras de proteção individual integra as ações do Dia de Cooperar – Dia C 2020. Este ano, o foco do maior movimento de solidariedade cooperativista será voltado às ações de combate e prevenção ao novo coronavírus. A medida está alinhada com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde.

Além disso, desde o dia 17 de abril, a Lei 23.636/2020 tornou obrigatório em todo o Estado o uso de máscaras de proteção e outros recursos necessários para evitar a disseminação da Covid-19. De acordo com a lei, funcionários, servidores e colaboradores da administração pública, nos estabelecimentos comerciais, industriais, bancários e lotéricas em funcionamento são obrigados a utilizar, no ambiente de trabalho, máscaras de proteção e outros recursos para evitar a proliferação do coronavírus.

Ronaldo Scucato, presidente do Sistema Ocemg, ressalta a importância da iniciativa. “Diante dos desafios ocasionados pela pandemia de Covid-19, esta é mais uma forma de apoiarmos as cooperativas, neste momento tão complexo. Prosseguimos atuando calcados nos valores de cooperação e valorização de pessoas e reforçando o princípio cooperativista da intercooperação, que se mostra ainda mais essencial em situações de crise.”

Dia de Cooperar 2020

Na 11ª edição, o Dia de Cooperar pretende mostrar a força transformadora do cooperativismo, direcionando as ações sociais com o objetivo de apoiar e auxiliar as comunidades no combate aos impactos trazidos pela pandemia.

Em 2020, o movimento será pautado por ações contra a disseminação do coronavírus e de apoio às comunidades atingidas, reforçando o princípio cooperativista de interesse pela comunidade, bem como ressaltando a responsabilidade social inerente ao setor.

A proposta é que as cooperativas sigam atuando como protagonistas de desenvolvimento local por meio da cooperação, propondo projetos que ajudem na prevenção da disseminação do vírus ou no cuidado com as instituições de saúde das cidades por exemplo. Tudo isso seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde e do Ministério da Saúde.

A celebração do Dia de Cooperar 2020 está mantida no primeiro sábado de julho, dia 04, mas será realizada de maneira virtual. Informações completas, datas importantes e instruções para as cooperativas que integrarão o movimento este ano estão disponíveis no blog do Dia C: diac.minasgerais.coop.br.

Entre as iniciativas já registradas em Minas Gerais, destaca-se a confecção e doação de máscaras, a arrecadação alimentos destinados para a população e pessoas carentes, além de doação de respiradores para hospitais para o tratamento de pacientes.

Sobre o Dia C

Somente em 2019, 278 cooperativas mineiras participaram do Dia de Cooperar com ações voltadas para as comunidades de 299 municípios em que atuam. 42.790 voluntários foram mobilizados pelo movimento, que beneficiou, no ano passado, 1.404.743 pessoas. “Vamos continuar envolvendo milhares de pessoas, principalmente, neste momento delicado de pandemia, em que devemos nos unir em benefício do próximo”, reafirma Scucato, convidando as cooperativas mineiras a participarem do Dia C 2020.

Em todo o Brasil, o Dia C mobilizou, desde a sua nacionalização, 854.721 voluntários, e 11.935.337 pessoas foram beneficiadas pelas ações de responsabilidade social das cooperativas. 

O Sistema Ocemg

O Sistema Ocemg é formado pela junção de duas instituições: o Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Ocemg), órgão de representação política, sindical-patronal e de defesa do cooperativismo no Estado; e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo de Minas Gerais (Sescoop-MG), responsável pelas atividades de formação profissional, monitoramento e promoção social das diversas cooperativas de Minas. A Ocemg ainda integra a Federação dos Sindicatos das Cooperativas dos Estados de Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e Santa Catarina (Fecoop-Sulene).

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O fim de uma era: Bretas encerra atividades no Vale do Aço

Neste domingo, 11 de maio, a rede de Supermercado Bretas, outrora dominante na região, encerrou oficialmente suas operações no Vale do Aço. As unidades de Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo serão assumidas pela rede de Supermercados BH, que inicia a administração já nesta segunda-feira, dia 12. A previsão é que as lojas reabram ao público na próxima quinta-feira, dia 15, já com nova identidade visual e mudanças operacionais que vêm sendo aguardadas com expectativa. No sábado, véspera do fechamento, a reportagem do Conex10 visitou duas das unidades da rede (Centro de Ipatinga e Caravelas) e o cenário era de tranquilidade, mas de clima total de fim de ciclo. Corredores quase vazios, poucos carrinhos sendo empurrados e um silêncio que contrastava com a movimentação típica de um final de semana. As prateleiras estavam abastecidas, mas clientes e funcionários em ritmo de despedida indicavam a conclusão de uma trajetória que marcou a história do comércio varejista da região por mais de três décadas. Funcionários ouvidos pela reportagem, que preferiram não se identificar, disseram que a maioria continuará empregada, agora sob a bandeira do BH. “A expectativa é boa. Sabemos que o BH está em expansão, e esperamos que venham novos tempos, com melhorias e mais estrutura”, disse um funcionário com anos de casa e que confirmou sua permanência neste primeiro momento. Outro acrescentou: “A gente sente um misto de tristeza mas de esperança. O Bretas foi importante, mas chegou a hora da virada.” Entre os clientes, muitos expressaram sentimentos nostálgicos. A dona de casa Maria Aparecida Nogueira, cliente fiel há mais de 20 anos, lamentou o fim. “Fiz minhas compras aqui por anos e anos. É triste ver tudo acabar assim.” Já o economista aposentado João Batista Oliveira lembrou que o setor supermercadista mudou muito nos últimos 15 anos. “Depois que deixou de ser dos donos, o serviço piorou, os preços subiram, e os concorrentes, alguns até menores e outros gigantes do setor, tomaram conta.” A estudante Larissa Abelardo comentou que, mesmo sentindo saudades, está curiosa para ver o que a nova rede trará. História de sucesso e ocaso comercial  Fundado no final dos anos 40 em Santa Maria do Itabira, o Bretas chegou ao Vale do Aço com sua primeira loja em Timóteo, em 1988, no bairro Centro-Norte (Acesita). Posteriormente, a empresa trouxe sua sede administrativa para a região, expandindo sua presença para até dez lojas nas três principais cidades. No entanto, com a chegada de novos concorrentes e mudanças na gestão, após a venda para o grupo chileno Cencosud, em 2010, o Bretas foi perdendo espaço e força e, pior que isso, não esboçou nenhuma reação no sentido de recuperar este lugar. O encerramento de suas atividades neste domingo sela a conclusão de uma trajetória, mas também marca o início de uma nova fase no varejo regional. O Bretas teve sua venda ao BH anunciada em 7 de fevereiro. No Vale do Aço, a noticia foi dada em primeira mão pela Rádio Jovem Pan. O acordo girou em torno de R$ 716 milhões, envolvendo as lojas localizadas em Minas. Apesar do valor expressivo, ele é 47% menor em relação ao que o Cencosud pagou em 2010, quando comprou o Bretas por R$ 1,35 bilhão. Apesar do valor menor, o novo controlador leva uma operação ligeiramente maior. Há 15 anos, eram 45 unidades em Minas Gerais, além de oito postos de combustíveis e um centro de distribuição, localizado em Contagem. Atualmente, integram a negociação 62 lojas em território mineiro, além dos mesmos oito postos e o centro de distribuição. O Cencosud seguirá operando o Bretas em Goiás, onde mantém 26 unidades. Quando foi vendido ao Cencosud, o Bretas era líder isolado em Minas Gerais no setor supermercadista e ocupava o 7º lugar no ranking da Abras. Nas mãos do gruo chileno,  além de crescer muito pouco organicamente, os chilenos viram os concorrentes ganharem terreno. Hoje, o BH tomou essa liderança, com grande folga, além de ocupar o 4º lugar nacionalmente. O Cencosud vem caindo no ranking ao longo dos últimos anos e, com esta venda, pode perder mais uma posição para outro mineiro: o Mart Minas.

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