O governo federal anunciou, nessa quarta-feira, medidas para tentar reduzir os impactos da pandemia do novo coronavírus.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou que pretende garantir a manutenção de empregos durante pelo menos os próximos três meses. As empresas serão autorizadas a adiar o pagamento do FGTS e do Simples Nacional. E o governo deve liberar 15 bilhões de reais – 5 bilhões por mês – para ajudar quem trabalha por conta própria.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, contestou a recomendação do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Ghebreyesius, para que toda a população fosse testada e os que estivessem com Covid-19 ficassem isolados.
Disse que o protocolo em casos de epidemia é testar os primeiros e, depois, fazer a contagem por amostragem. Para Mandetta, o teste em massa seria um desperdício de dinheiro.
As declarações dos ministros ocorreram durante uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto, da qual participaram o presidente Jair Bolsonaro e os ministros da Saúde, Casa Civil, Economia, Defesa, Justiça e Infraestrutura. Chamou a atenção o fato de todas as autoridades aparecerem com máscaras, assim como todos os assessores e alguns profissionais de imprensa.
No fim da entrevista, Bolsonaro demonstrou estar preocupado.
Entre outras medidas anunciadas pelo governo, estão a fabricação de álcool em gel por laboratórios militares; a possibilidade de usar imóveis ainda não entregues do programa Minha Casa Minha Vida para fazer o confinamento de pessoas infectadas; restrições nas visitas a presídios federais e ajuda para presídios estaduais; combate à prática de preços abusivos e socorro ao setor aéreo.