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HEADER – DESTAQUES VALE DO AÇO – BNDF

Inovação tecnológica e atendimento especializado

Associações de proteção veicular vão em busca da ISO 9000, adotam moderna tecnologia de atendimento ao associado e investem em Inteligência Artificial.

Apesar da resistência das seguradoras com a judicialização da atuação no mercado das associações de proteção veicular (a guerra de liminares existe há pelo menos 10 anos), elas seguem sua vida e apostam em modelos de gestão empresarial possibilitando melhoria de processos, otimização de recursos, excelência no atendimento, elevação de itens de benefícios e, principalmente, gerando satisfação dos clientes, mesmo quando o sinistro não proporcione o resgate financeiro esperado.

No Vale do Aço, histórias são conhecidas de aventureiros que abriam essas associações, não cumpriam contratos e desapareciam do mercado causando prejuízo a clientes. Mas, isso está mudando. Empresários com outro perfil estão à frente dessas organizações e tem trazido mais credibilidade com o público-alvo, possibilitando que o próprio mercado separe o “joio do trigo”.

Afinal, o que são Associações de Proteção Veicular?

O negócio se enquadra no sistema mutualista de rateio, no qual os prejuízos sofridos por um associado são divididos entre todos. Trata-se de uma associação de pessoas que se propõem, mediante a colaboração de todos os membros, a repartirem em cotas mensais eventuais, os prejuízos que um ou outro membro vier a sofrer em seus veículos automotores.

Nesse contexto, associações de outras partes do país se interessaram pelo mercado do Vale do Aço. Na Expo Usipa do ano passado, a “Bem Protege” que tem os goleiros Fábio e Vítor do cruzeiro e Atlético como garotos-propaganda, aportou por essas bandas buscando amealhar associados para seus planos de benefícios. Já aqui, em Ipatinga, Protege, Base e, principalmente a Aliar vem se destacando.

Crescimento apesar da judicialização

O crescimento dessas associações tem chamado a atenção em todo o país.  Inúmeros, são também, as ações da Superintendência de Seguros Privados – Susep contra associações veiculares por pratica de securitização. A questão é bastante controvertida, dada a complexidade da recorrente ação de pessoas jurídicas, constituídas em forma de associação sem fins lucrativos, que oferecem à sociedade o chamado programa de proteção automotiva (PPA), benefício que garante aos associados a reparação de danos ocorridos em seus veículos, decorrentes de colisão, incêndio, roubo e explosão. A similaridade com a operação de seguro culminou com o combate governamental a essa atividade, ao fundamento de que se trata de prática ilegal de atividade securitária, realizada à margem da legislação da Susep. “Convivemos dia-a-dia com essas ações e nosso departamento jurídico obtém liminares. É um caminho sem volta como acontece, por exemplo, a relação dos Taxis contra os motoristas de aplicativos. Um mercado que as seguradoras tradicionais rejeitavam, deixando à própria sorte, proprietários de veículos com mais de 10 anos de fabricação encontrou nas associações de mútuos benefícios uma forma de acolher essas pessoas e protege-las de danos irreversíveis ao seu patrimônio” observa um empresário do segmento.

Diferenças entre seguradoras x Proteção Veicular

Existem algumas diferenças entre as modalidades, que vão desde a forma como o serviço é contratado até as condições de garantia, direitos e deveres. Elas podem ser determinantes, dependendo do uso que faz do seu veículo e do que espera com a escolha.

A primeira diferença entre eles está na forma de contratação e de fornecimento. O seguro auto é ofertado por empresas seguradoras, as quais têm interesses econômicos privados. Já a proteção veicular funciona por meio de associações cooperativas sem fins lucrativos. Dessa forma, reúnem pessoas para dividir os custos e as despesas com a proteção dos veículos.

Normalmente, a proteção veicular é mais barata do que os seguros automotivos. Contudo, é preciso considerar as diferenças nas garantias, nos direitos e deveres para fazer a opção.

Gestão do Relacionamento com o Cliente e Tecnologia da Informação como base para o crescimento

A Aliar Benefícios Mútuos, uma das associações desse modelo, com 03 anos de atuação, mais de 10 mil clientes, com sede no bairro Horto, tem buscado nas ferramentas de customer relationship management – CRM o diferencial competitivo de suas operações. Exemplo disso começa já na recepção. Seja qual for o colaborador a abordagem ao potencial ou mesmo a um cliente é padronizada. Da mesma forma, a cortesia observada nas explanações dos planos e consequente ingresso na associação poderá ser mensurada nos sistemas integrados de informações que possibilitam agilidade, sobretudo, na comunicação de sinistros e procedimentos pertinentes. “Tudo que podemos fazer para dar celeridade no atendimento ao cliente fazemos deixando, somente, aos prestadores de serviços (oficinas mecânicas, de lanternagem, concessionárias de automóveis, etc.) o ônus da espera pera realização dos serviços. Nossos clientes comprovam isso”, observa Evaldo Godoi, diretor-presidente da entidade.

Outro aspecto apontado como investimento para o médio prazo é na digitalização da documentação comprobatória de clientes (a mesma informação que consta em seus arquivos no sistema). Não menos importante, é a busca em dar otimização ao atendimento por meio de recursos de Inteligência Artificial. “Estamos fazendo investimentos vultosos em tecnologia da informação para poder expandir nossas operações. Estamos pronto pra crescer”, exalta o executivo.

Fortalecimento do setor

Fundada em 4 de maio de 2016, Agência de Autorregulamentação das Associações de Proteção Veicular e Patrimonial, AAAPV. Segundo seu estatuto a agencia tem o compromisso de fortalecer o movimento associativista e suas relações com a sociedade, além de contribuir para o desenvolvimento econômico, social e sustentável do País. É a principal entidade representativa do setor associativista. É uma Agência sem fins econômicos, que congrega associações de benefícios mútuos com as de proteção veicular. A Diretoria Executiva da AAAPV é o órgão normativo e de administração. O mandato dos membros da Diretoria será de 4 (quatro) anos, permitida reeleição.

Fonte: Susep.gov.br

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