Algumas companhias aéreas comerciais redirecionaram os voos que cruzam o Oriente Médio, para evitar eventuais perigos em meio à crescente tensão entre os Estados Unidos (EUA) e o Irã.
A companhia australiana Qantas disse que está alterando as suas rotas de Londres para Perth, na Austrália, a fim de evitar o espaço aéreo do Irã e do Iraque até novo aviso.
A rota mais longa significa que a Qantas terá de transportar menos passageiros e usar mais combustível para permanecer no ar por mais 40 a 50 minutos.
As companhias aéreas Emirates e Flydubai, dos Emirados Árabes Unidos, cancelaram os voos para Bagdá, depois dos ataques do Irã contra duas bases em território iraquiano, que abrigam militares norte-americanos.
Fonte da Flightradar, que monitora o tráfego aéreo, disse que dois voos da Emirates fizeram rota diferente para evitar a passagem pelo Iraque, enquanto um voo da Air Canada para Dubai redirecionou o trajeto pelo Egito e a Arábia Saudita
A companhia aérea Malaysia Airlines confirmou que “devido aos recentes acontecimentos”, os seus aviões evitariam o espaço aéreo iraniano.
A Singapore Airlines também disse que os seus voos para a Europa seriam redirecionados para evitar o espaço aéreo do Irã.
A Administração Federal de Aviação (FAA) dos EUA informou que está proibindo pilotos e transportadoras americanas de voar em algumas áreas do Iraque, Irã e em espaço aéreo do Golfo Pérsico.
Alertou para o “potencial de erro de cálculo ou de identificação” de aeronaves civis em meio à escalada da tensão entre os EUA e o Irã.
Essas restrições costumam ser preventivas, com o objetivo de impedir que aeronaves civis sejam confundidas com as que estão envolvidas em conflitos armados.
A FAA disse ainda que as restrições são estabelecidas devido a “atividades militares mais ativas e ao aumento das tensões políticas no Médio Oriente, que apresentam risco para as operações de aviação civil dos EUA“.
As restrições de voo surgem na sequência dos ataques iranianos com mísseis balísticos, nessa terça-feira (7), a duas bases iraquianas (em Ain al-Assad e Arbil) que abrigavam tropas norte-americanas.
A ação foi assumida pelos Guardas da Revolução iranianos como uma “operação de vingança” da morte do general Qassem Soleimani, comandante da força de elite Al-Quds. Ele morreu na sexta-feira (3), em um ataque aéreo norte-americano em Bagdá, capital do Iraque.
FONTE: http://agenciabrasil.ebc.com.br/