Um novo céu parece despontar no cenário do mercado de empresas aéreas no Brasil a partir de 2020. Tudo por causa da recente mudança na legislação, que passou a permitir que empresas estrangeiras tenham até 100% do capital de uma companhia com sede no país. Dentro deste novo plano de negócios, pelo menos sete empresas low cost (baixo custo), já começaram ou se preparam para operar no Brasil. Além da alteração na legislação para permitir totalidade de capital estrangeiro nas companhias aéreas, também contribuiu para a entrada das empresas a cobrança pelo despacho de bagagem.
Por operar com baixo custo e cobrar menos pelas passagens, essas empresas costumam cobrar por serviços como despacho de mala, marcação de assentos. Em geral, elas também não oferecem alimentação nos voos, nem totens com impressoras nos aeroportos para o viajante retirar seu bilhete de viagem. Até o momento, a Anac já autorizou a operação de quatro delas no país, das quais duas já operam voos regulares.
A primeira foi a Norwegian, que ocupa a terceira posição entre as aéreas de baixo custo que operam no Continente Europeu. Ela recebeu autorização para operar em agosto de 2018 e, desde maio, voa na rota Londres-Rio de Janeiro. A chilena Sky Airline, segunda a ser autorizada a voar no país, faz desde novembro de 2018 voos ligando o Brasil ao Chile, com as rotas Santiago-Guarulhos e Santiago-Galeão. A Sky Airline pretende realizar, a partir de novembro, voos na rota Santiago-Florianópolis. A empresa será a primeira low cost a voar para o recém inaugurado aeroporto de Florianópolis. Em dezembro, a aérea deve também operar na rota Santiago-Salvador, como início previsto para o dia 30.
A argentina FlyBondi fará voos ligando o país vizinho a São Paulo e Rio de Janeiro, nas rotas El Palomar-Guarulhos (SP) e El Palomar-Galeão (RJ). A aérea promete preços de 30% a 40% mais baixos do que os da concorrência. Em dezembro a empresa vai também ter voos para Florianópolis. Em janeiro de 2020, a chilena Jetsmart começa a operar voos na rota Santiago-Foz do Iguaçu, e a partir de março a rota Santiago-Guarulhos.
A Anac disse à Agência Brasil que está em processo de autorização a licença para a Air Europa fazer voos domésticos no país. Pertencente ao conglomerado turístico espanhol Globalia, a Air Europa já opera no mercado internacional nas rotas Madri-Recife; Madri-Guarulhos e Madri-Salvador.
“Além dessas empresas, temos a Air China que reiniciou suas operações regulares em março de 2019, com dois voos semanais na rota Guarulhos-Madri-Pequim, e anunciou intenção de expansão no Brasil, e a Virgin, que inicia operações em março de 2020, com voos diários entre Heathrow (Londres)-Guarulhos e Heathrow-Galeão”, informou a agência.
