O ministro Paulo Guedes participou do 5.º Fórum Nacional do Comércio em Brasília. No evento, ele fez questão de dizer que a proposta de reforma tributária do governo já está pronta e “não é a do Appy”, em referência à proposta que tramita na Câmara, inspirada nos estudos do economista Bernard Appy, do Centro de Cidadania Fiscal (CCIF).
A fala de Paulo Guedes sobre a CPMF (ou Imposto Sobre as Transações Financeiras) e a demissão de Marcos Cintra, ex-secretário especial da Receita Federal, como “um guerreiro morto em combate” tinha essa ideia e essa ideia era estruturante de outros projetos. Guedes afirmou que a reforma tributária dele tinha principalmente a vota da CPMF e ele não pensou em um Plano B.
Viúvo da CPMF
Depois de Bolsonaro sepultar a “nova CPMF“, como vinha sendo chamado o imposto sobre transações financeiras que estava nos planos da equipe econômica para bancar a desoneração da folha, o ministro explicou que a ideia era “reduzir bastante as alíquotas” de contribuição sobre os salários. “Por isso estávamos considerando o novo imposto”, disse.
Segundo Guedes, o novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA, que vai unificar tributos sobre consumo) poderia ser de 14% ou 15% caso o imposto sobre transações fosse criado – em vez de 25%, como é a proposta da Câmara. Além disso, a contribuição sobre a folha de pagamento poderia cair a 13%, “talvez a 10%”.