Com uma folha que já passa dos R$ 3 bilhões e a constante falta de recursos para manter em dia seus compromissos, o Governo de Minas pode “apelar” para uma medida drástica. Usar a extração de nióbio nas minas de Araxá como garantia para operações financeiras, das quais conseguiriam recursos para quitar dívidas como o 13º do servidores este ano e começar a, voltar a pagar, até o quinto dia útil, de forma integral, os salários de ativos e inativos.
Segundo o vice-governador Paulo Brant, a ideia é antecipar ativos recebíveis da Codemig pela exploração mineral e promover um leilão junto a instituições financeiras, que poderiam render aos cofres públicos entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões até novembro deste ano. A expectativa é que o deságio seja pequeno, uma vez que a operação é classificada de baixo risco.
O governo calcula que os projetos de lei necessários para adequar a legislação mineira às regras impostas pela União para a adesão de Minas Gerais ao ajuste fiscal cheguem à Assembleia Legislativa até o final deste mês. Os textos incluem medidas impopulares, como a privatização de estatais e o reajuste na contribuição previdenciária dos servidores dos atuais 11% para 14% do salário. Sobre a privatização de estatais, o governo estuda a venda de todas elas, mas esbarra na necessidade de uma alteração na constituição estadual para que a operação saia do papel.