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Usiminas aposta em recuperação do setor em 2021

Durante o Congresso Aço Brasil, Sergio Leite falou sobre atual situação do parque siderúrgico nacional e dos negócios da companhia. 

Operando com 60% de ociosidade e com investimentos previstos para este exercício 20% menores do que o inicialmente anunciado, a Usiminas projeta recuperação com volta aos patamares pré-crise apenas em 2021. A Informação foi dada pelo o diretor-presidente da companhia, Sergio Leite, durante a 30ª edição do Congresso Aço Brasil, em Brasília.

Conforme Leite, nos últimos anos, o setor siderúrgico brasileiro viveu o que se pode classificar como década perdida. Isso porque, segundo ele, o País deixou de consumir mais de 50 milhões de toneladas de aço apenas nos últimos seis anos, e as empresas haviam se preparado para um Brasil que não aconteceu.

“O País passou pela recessão mais longa e uma das mais profundas de sua história. A boa notícia, é que o mercado já projeta recuperação com volta aos patamares pré-crise no terceiro trimestre de 2021″, destacou.

O otimismo de Leite ocorre mesmo diante um cenário controverso, em que a produtora de aços planos opera em níveis bem abaixo da capacidade instalada, uma vez que a produção da companhia nos primeiros seis meses chegou a 4,2 milhões de toneladas de aço e a capacidade gira em torno de 10 milhões de toneladas por ano.

“Em produção de aço bruto estamos trabalhando a plena carga, mas em laminados ainda estamos com ociosidade. Vale lembrar os investimentos da ordem de R$ 14 bilhões realizados entre 2008 e 2014, para elevar a capacidade produtiva de 7,2 milhões de toneladas para 10 milhões de toneladas anuais, mas ocorreram justamente no momento de excesso de aço no mundo e de recessão nacional”, disse em entrevista à imprensa.

De toda maneira, o executivo destacou que aposta na recuperação do País e que a economia deverá decolar nos próximos meses, elevando o Produto Interno Bruto (PIB) em 2,5% já no ano que vem. Para isso, no entanto, Leite sabe da importância das chamadas reformas estruturais e dos aprimoramentos institucionais.

“Temos acompanhado o trabalho que vem sendo feito pelo governo federal para conduzir o País ao crescimento. Este é o grande desafio do Brasil, assim como a geração de emprego e renda. Isso permitirá retomarmos os patamares pré-crise”, afirmou.

A Usiminas encerrou o segundo trimestre de 2019 com lucro líquido de R$ 171 milhões. Este foi o quarto resultado positivo trimestral consecutivo da empresa, que vem registrando lucros sucessivos desde a mesma época do ano passado.

Mas a companhia também anunciou novas projeções para investimentos para este o ano. De acordo com fato relevante enviado ao mercado, serão aportados neste exercício R$ 800 milhões, 20% a menos do que o R$ 1 bilhão anunciado anteriormente pela companhia. O valor é superior aos R$ 462,7 milhões realizados em 2018.

Por Mara Bianchetti, especial para Negócios Já! (A Jornalista esteve a convite do Instituto Aço Brasil).

 

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