O Governo de Minas quer investir, nos próximos quatro anos, R$ 6 bilhões na expansão da malha ferroviária em todo o Estado. Entre os temas a serem considerados destacam-se a construção do Ferroanel de Belo Horizonte e dos contornos ferroviários em Montes Claros, Juiz de Fora, Divinópolis e Itaúna; a adequação de ligações ferroviárias em diversas regiões do estado, como na Serra do Tigre; conversão de linhas férreas desativadas para uso por transporte urbano de passageiros; e a implantação de serviços de transporte ferroviário regional de passageiros. Segundo o Governo, os recursos para tais investimentos virão da antecipação das concessões ferroviárias, a ser feito pela União ainda este ano e em 2020.
De acordo com o diretor-executivo da ANTF, Fernando Paes, o momento nunca foi tão favorável. No evento, ele apresentou um balanço do setor. Fernando destacou a importância de Minas Gerais, que tem a segunda maior malha ferroviária do país, pouco atrás de São Paulo, mas responde por 53% do minério transportado no Brasil e 23% de toda a carga geral. “Esse Plano tem tudo para dar certo e permitir que os mineiros pleiteiem, com a prioridade adequada, os projetos que devem receber investimentos – sejam recursos do Estado, do Governo Federal ou mesmo privados”, disse.
“Sonhamos com o nosso anel ferroviário da RMBH, que liberaria 22 cidades que têm linhas hoje para termos transporte ferroviário de passageiros na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que é fundamental. É, sem dúvida, um momento histórico, é a possibilidade de termos a retomada ferroviária no Estado, que, sem dúvida nenhuma, melhoraria a economia de Minas”, afirmou o presidente da Comissão Extraordinária Pró-Ferrovias Mineiras, deputado João Leite.