Nesta quarta-feira, a Fundação São Francisco Xavier, por meio de sua assessoria de comunicação, enviou nota à imprensa se posicionando à respeito da dívida de mais de 55 milhões que a Prefeitura Municipal de Ipatinga possui com a Fundação São Francisco Xavier, mantenedora do Hospital Márcio Cunha que pode comprometer o atendimento da população do município, dado às condições insustentáveis que o montante impacta na qualidade da prestação dos serviços. Leia na íntegra:
“Em atendimento às solicitações de posicionamento da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), mantenedora do Hospital Márcio Cunha (HMC), sobre os débitos da Prefeitura de Ipatinga com o Hospital, a Instituição confirma a existência da dívida, sendo um montante significativo. A situação é motivo de grande preocupação, pois compromete diretamente o funcionamento e a sustentabilidade dos serviços de saúde prestados à comunidade através do Sistema Único de Saúde (SUS).
Esclarecemos que o débito se instalou no primeiro trimestre deste ano e que, desde então, buscamos inúmeras formas de sensibilizar a Prefeitura de Ipatinga quanto à necessidade de regularizar o repasse (composto em sua maior parte de recursos federais e estaduais). Porém,
ocorreu o agravamento da dívida, que neste mês de novembro supera a cifra de R$ 55 milhões.
Por não ser a primeira vez que os atrasos acontecem nesta gestão, a FSFX está tomando as medidas legais cabíveis, para que a dívida seja paga, urgentemente, e não haja a necessidade de suspender os atendimentos aos pacientes do SUS.
Neste contexto, vítima da inadimplência e de seus impactos operacionais, a Fundação São Francisco Xavier e o Hospital Márcio Cunha reafirmam o seu papel essencial na rede pública de saúde. Ressaltamos que as diretorias da FSFX e HMC tentaram de todas as formas buscar diálogo com a Prefeitura de Ipatinga, buscando a quitação dos débitos existentes e a construção de soluções que garantam a continuidade dos serviços à comunidade, porém não obteve êxito.
Reforçamos, ainda, que o Hospital Márcio Cunha é referência regional, ofertando qualidade e segurança assistencial, além de atendimento humanizado aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), que representam a maioria dos atendimentos realizados nas unidades, tais como atendimentos de traumas, emergência, oncológicos (adultos e pediátricos) e de hemodiálise, entre outros. Mesmo diante das diversas dificuldades financeiras causadas pela inadimplência municipal, o Hospital se empenhou, até hoje, para manter o alto padrão de excelência e o compromisso com a vida”.
Já a Prefeitura de Ipatinga, também, por meio da sua assessoria de comunicação alega que nunca se furtou ao diálogo com entidade e enfrenta um cenário de restrição financeira, que tem exigido equilibrio e responsabilidade na gestão dos recursos públicos. A entidade atribui ao governo do estado o atraso no repasse de antigos recursos de saúde que somam aproximadamente 78 milhões.
Agora, é esperar que a secretaria da saúde do governo do estado faça o mesmo e emita uma nota, terceirizando responsabilidades.



