Quem acompanhou os momentos mais críticos vividos pela Usiminas ao longo dos seus 63 anos sabe dar a medida certa da Importância do Engenheiro Sérgio Leite de Andrade. No período de 2016 a 2022 em que esteve na presidência da Usiminas, fui testemunha dos bastidores em que exigiu dele a divisão de atenção em dois pilares: a sobrevivência da empresa e a pacificação dos dois maiores sócios do bloco de controle, o grupo Ternium/Tecchint e a Nippon Steel Corporation.
Sérgio andou de forma extremamente hábil no sinuoso e complexo mundo dos negócios em que teve que buscar a renegociação de dívidas com bancos nacionais e internacionais ao mesmo tempo acomodar as exigências, contendas e judicialização no seu entorno. Leite teve que transitar de forma a atender as partes, mais que tudo, priorizar a recuperação da Usiminas.
Aporte
Em 2016, a Nippon Steel realizou um aporte de capital na Usiminas no valor de R$ 1 bilhão. Esse aporte foi aprovado pelo Conselho de Administração da Usiminas e tinha como objetivo fornecer fôlego financeiro à empresa, que enfrentava dificuldades. A decisão foi tomada após discussões e divergências entre os principais acionistas, Nippon Steel e Ternium, sobre a necessidade e o valor do aporte. Esse aporte foi fundamental para as pretensões da administração que ali começava. O executivo teve que cortar custos e aprimorar a efeiciencia dos processos que, na época, teve Ronald Seckelman como seu braço direito, o vice-presidente de finanças a época.
História
Com mais de 60 trabalhos técnicos publicados em congressos no Brasil e no exterior, e experiência em docência em universidades do país, foi também membro do Comitê de Tecnologia do International Iron and Steel Institute (IISI), entre 1994 e 2000, além de Vice-Presidente da Sociedade Mineira de Engenheiros, de 1999 a 2005. Proferiu mais de 100 palestras em diversos eventos, abordando temas nas áreas de Metalurgia, Qualidade, Liderança, Ética, Pesquisa e Desenvolvimento, Administração, Marketing, Comércio Internacional, Siderurgia, etc. (1986 a 2017), conforme informações da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
O engenheiro, que iniciou sua jornada profissional na Usiminas em 1976, ocupava atualmente a vice-presidência de assuntos estratégicos da companhia e era membro do conselho de administração — entre 2022 e 2023, foi presidente do colegiado.
No InstitutoAço Brasil, o executivo passou a ocupar um assento no conselho diretor em 2009. Foi vice-presidente do órgão de 2016 a 2018 e, depois, de 2022 a 2024. Desde então, exercia o segundo mandato como presidente do conselho. O primeiro mandato foi cumprido entre 2018 e 2020.
Formado engenheiro metalúrgico pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Leite era mestre em Engenharia Metalúrgica pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O executivo era ainda presidente do conselho diretor da Associação Brasileira de Metalurgia e Minerais (ABM) e membro do conselho estratégico da Federação das Indústrias de Membro do conselho estratégico da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG).
