Siderurgia brasileira apresenta quadros diferentes.

Resultados operacionais das principais siderúrgicas são positivos, apesar do persistente aumento de volume de aço importado que impactam indicadores financeiros. 

ArcelorMittal Brasil divulgou resultados de 2024 no fim do mês de abril enquanto a Usiminas divulgou os resultados do 1º trimestre de 2025. A primeira, os dados consolidados de produção e vendas vieram acima das expectativas, apesar do cenário de pressão dos importados sobre o aço brasileiro. O bom desempenho operacional veio atrelado ao aumento de consumo interno de aço, alinhado a uma bem estruturada estratégia de mercado, lançamento de novos produtos, excelência produtiva e redução de custos.

Já a segunda, a Usiminas, reportou lucro líquido de R$ 337 milhões no primeiro trimestre de 2025, montante 845% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2024, impulsionado por maiores resultados operacionais e financeiros. O resultado veio acima da projeção de R$ 225 milhões da pesquisa LSEG.

Já a Gerdau, complexo siderúrgico com operações fora do país, teve seus resultados afetados devido as operações em terras norte americanas. Com a rentabilidade mais fraca amplamente esperada na América do Norte como o principal ponto negativo, as incertezas sobre o momento de um potencial ponto de inflexão nos preços/demanda (se for o caso) nos EUA permanecem como o principal ponto de interrogação dos investidores antes de 2025.

O exercício de 2024 teve Ebitda ajustado em R$ 10,8 bilhões, com margem Ebitda ajustada de 16,2%. O lucro líquido ajustado da Companhia totalizou R$ 4,3 bilhões no ano passado, enquanto a receita líquida somou R$ 67 bilhões e as vendas físicas de aço alcançaram 11 milhões de toneladas. No quarto trimestre de 2024, a Empresa registrou Ebitda ajustado de R$ 2,4 bilhões, com margem Ebitda de 14,2%. O lucro líquido ajustado da Gerdau somou R$ 666 milhões entre outubro e dezembro do ano passado, enquanto a receita líquida da Companhia alcançou R$ 16,8 bilhões, com as vendas físicas de aço totalizando 2,7 milhões de toneladas.

Resultados da CSN desabam no 1º Tri

A CSN apresentou prejuízo líquido de R$ 732 milhões no primeiro trimestre de 2025, 52,5% maior em relação ao prejuízo registrado no mesmo período de 2024.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciação) ajustado ficou em R$ 2,509 bilhões, alta de 12,3% em relação ao visto um ano antes. Já a receita líquida somou R$ 10,908 bilhões, alta de 12,3%.

No primeiro trimestre, a companhia registrou vendas de aço que somaram 1,143 milhão de toneladas, alta de 5,2% ante o mesmo trimestre de 2024. As vendas de minério de ferro somaram 9,640 milhões de toneladas, avanço de 5,4% ante o visto um ano antes.

A dívida líquida ajustada da empresa atingiu R$ 35,830 bilhões no trimestre, com alta de 7,2% sobre o mesmo período de 2024.

Ternium vê queda no 1º Tri

A Ternium teve lucro de US$ 67 milhões no primeiro trimestre, queda de 81,4% na comparação anual. As receitas da siderúrgica ítalo-argentina chegaram a US$ 3,93 bilhões, redução de 18% sobre o mesmo período de 2024.

A companhia movimentou 3,85 milhões de toneladas de aço no primeiro trimestre, redução de 1% no ano. Já a movimentação de minério de ferro chegou a 1,79 milhão de tonelada, alta de 26% no mesmo período.

A empresa espera que seus resultados melhorem de maneira sequencial no segundo trimestre, impulsionados pelas operações da Argentina, enquanto a Usiminas, no Brasil, deve se manter estável, mitigando números piores no México.

 

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