Nesta quinta-feira, 23/4, a Usiminas divulgou ao mercado seus resultados consolidados do primeiro trimestre de 2025. A empresa registrou um Ebitda Ajustado de R$733 milhões, uma evolução de 41% em relação ao 4T24 (R$518 milhões). A Margem Ebitda Ajustada foi de 11%, quando no trimestre anterior foi de 8%.
As vendas de aço alcançaram um aumento de 4% no volume destinado ao mercado interno, com destaque principalmente para os segmentos automotivo e de distribuição.
O lucro líquido foi de R$337 milhões, revertendo o prejuízo líquido de R$117 milhões apresentado no trimestre anterior. A melhora foi consequência dos maiores resultados operacionais e financeiros. Já a receita líquida no 1T25 alcançou R$6,9 bilhões, 5,8% superior ao 4T24 (R$6,5 bilhões), com maiores receitas nos segmentos de Siderurgia e Mineração.
O presidente da Usiminas, Marcelo Chara, destaca que o foco é evoluir ainda mais. “O aumento do volume de vendas de aço no mercado interno mostra uma demanda ainda resiliente, mas o foco para seguir avançando continua sendo nosso ganho de competitividade, buscando eficiência em todas as nossas operações para seguir com uma trajetória de redução de custos”, afirma.
Para os próximos meses, Chara sinaliza que o cenário é muito desafiador e incerto na segunda metade de 2025, principalmente em função da importação de aço. Segundo o Instituto Aço Brasil, o volume de importação de aços planos no período alcançou 1,02 milhão de toneladas no primeiro trimestre deste ano, o que representa um crescimento de 42% em relação ao mesmo período de 2024.
Ainda segundo o Aço Brasil, em meados do ano passado já existiam 215 medidas de defesa comercial contra o setor siderúrgico chinês, e apenas nos últimos quatro meses foram iniciadas nove novas investigações ou medidas de proteção gerais ou contra China. Já no Brasil, foram abertas 43 investigações antidumping desde janeiro do ano passado em diversos produtos dos setores de metais, plásticos, químicos e têxteis, entre outros, das quais 34 são contra China.
“A falta de aplicação de medidas eficazes para criar condições justas de concorrência, ante a forte presença de importações subsidiadas, é a principal ameaça para a sustentabilidade do setor siderúrgico brasileiro e sua cadeia de valor’”, afirma Chara.
Confira mais detalhes das unidades de negócio
Siderurgia – O Ebitda Ajustado alcançou R$528 milhões no 1T25. A margem Ebitda Ajustado foi de 8,7% no 1T25, ante margem de 6,3% no 4T24.
Mineração – O volume de vendas atingiu 2,2 milhões de toneladas no 1T25, estável em relação ao trimestre anterior (+1%) de 2,2 milhões de toneladas.
A receita líquida totalizou R$917 milhões no 1T25, superior em 20% ao 4T24 (R$767 milhões). O Ebitda Ajustado alcançou R$206 milhões no 1T25, representando um aumento de 34% em relação ao 4T24 (R$154 milhões). A margem Ebitda Ajustado foi de 22% no 1T25 (4T24: 20%).
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