Legenda: Gustavo Werneck, CEO da Gerdau
Em março deste ano, siderúrgica conclui a ampliação da linha de produção de bobinas laminadas a quente em Ouro Branco
Ouro Branco, na região Central de Minas, recebeu investimento de US$ 500 mil que permitirá aumentar a capacidade de produção em cerca de 30% e superar um milhão de toneladas de bobinas por ano — o produto é matéria-prima para chapas de aço e peças automotivas, por exemplo. O futuro da operação pode mudar, contudo, se o nível de importação de aço para o Brasil se mantiver no patamar atual.
A operação, capaz de produzir 250 mil toneladas anuais, tem previsão de ser ligada em março e expectativa de alcançar a plena produção no segundo semestre deste ano.
3 bilhões
Dos R$ 6 bilhões de capex global da Gerdau para 2025, R$ 3 bilhões serão direcionados para Minas Gerais. O Estado, além de representar aproximadamente 60% da capacidade produtiva da companhia, abriga os dois principais projetos da empresa no momento.
Um dos investimentos é o realizado na implantação de uma linha de bobinas a quente na usina de Ouro Branco, que teve as instalações concluídas entre novembro e dezembro do ano passado e está em fase final de testes.
Com a nova linha, o empreendimento terá uma capacidade instalada de 1,1 milhão de toneladas de bobinas a quente, um produto de altíssimo valor agregado. Destaca-se que os equipamentos são modernos e vão não apenas aumentar o volume máximo de produção, como também reduzir os custos de fabricação.
Proteção
A preocupação com a manutenção dos investimentos no país cresce, especialmente diante da inauguração de uma nova linha de produção de bobinas, que já enfrenta dificuldades para competir devido ao aumento das importações. Para Gustavo Werneck, CEO da siderúrgica, e o governo brasileiro não implementar medidas de proteção à indústria de aço no Brasil, a empresa pode rever novos investimentos no Brasil. Segundo o executivo, a indústria brasileira vem perdendo espaço, e é essencial que o governo garanta condições justas de competição.