Legenda: Fachada da loja Cresci e Perdi na avenida Magalhães Pinto, em Coronel Fabriciano
Vale do Aço conta com franquias de lojas que se propõe a reinserir vestuário de crianças até 16 anos.
o que fazer com as roupas infantis que ficam pequenas após poucas semanas de uso? Essa resposta é o que a franquia de moda circular Cresci e Perdi está disposta a resolver. Em 2014, bem antes do boom da moda circular, a empreendedora Elaine Alves decidiu realizar um bazar após o nascimento do seu primeiro filho em São José do Rio Pardo, interior de São Paulo. A partir dessa vivência, a empreendedora viu uma oportunidade de negócio e abriu a primeira unidade da Cresci e Perdi. Hoje, a rede de franquias conta com 500 unidades espalhadas pelo Brasil e espera faturar R$ 1 bilhão em 2023.
Movimento da “Economia Circular”
A economia circular é nome “pomposo” para a ideia de dar novos usos a tudo (ou quase isso) que foi extraído da natureza para virar algum produto, mas acabou depositado no lixo — antes ou depois do consumo. A cresci e Perdi faz parte de um grupo de franquias que têm crescido nos últimos anos. São marcas de brechós, como Peça Rara e Joaninha Brechó Infantil, que acreditaram na mudança de comportamento dos consumidores e, em especial, na busca por preços menores.
Com os bebês crescendo cada vez mais rápido, a dúvida das mamães, papais e famílias é sempre o que fazer com as peças usadas. Muitas vezes, as roupinhas ou acessórios são usados apenas uma vez ou a criança nem chega a vestir. É aí que a enfermeira especializada em urgênca/emergência, após 10 anos dedicados ao serviço público, Andréia Marques, viu a oportunidade de ser franqueada no Vale do Aço. “Decidi deixar a enfermagem para me dedicar à moda circular, porque sempre acreditei na importância de cuidar não apenas das pessoas mas, também, do nosso planeta. Também, pude perceber que a moda pode ter um impacto muito significativo na sustentabilidade, na saúde e no meio ambiente. Queríamos trazer algo diferente para a região do Vale do aço, algo que fizesse realmente diferença na vida das pessoas, exalta a executiva.
Trabalhando em parceria com grandes marcas e inspirada em um modelo de negócio do exterior, a marca aposta no consumo consciente, oferendo produtos com valores de 40 a 80% mais baratos do que as lojas convencionais. A loja vende roupas do tamanho RN até 16 anos, calçados, brinquedos, acessórios, fraldas, itens de enxoval, berços portáteis, bebês-conforto, cadeirinhas, enfim, tudo do universo infantil, novos e seminovos.
Além disso, o modelo de negócio, possibilita que o cliente leve suas peças para serem avaliadas e, o valor gerado, pode ser convertido em PIX na hora ou o numa moeda chamda “Giracrédito”, uma espécie de vale-compras para aquisição de produtos da própria loja usados ou novos.
Andreia afirma que, optando pelo “Giracrédito”, os benefícios são ainda maiores. “Além de receber um valor maior pelos itens desapegados, a mamãe, o papai ou a família, podem utilizá-lo pra comprar outros itens, novos e seminovos por preços ainda menores”, propõe a empresária.
Empreendedorismo
Criada em 2017, a franquia já alcançou a marca mais de 660 lojas no Brasil, conquistando assim o título de maior franquia de moda circular do mundo, com presença em mais de 400 cidades. A ideia de trazer a marca para o Vale do Aço, segundo a própria Andreia, surgiu de uma conversa entre primos no final de 2021. “Queríamos inaugurar algo que fosse novidade na região e vimos na Cresci e Perdi uma oportunidade”, relembra a empreendora.
Assim surgiu, em 2022, após tratativas com a franqueadora, a sociedade, que troux a primeira unidade da marca. Ipatinga, mais precisamente no bairro Iguaçu em IPATINGA, foi escolhido o local para a primeira unidade do Vale do Aço.
Atualmente, outra unidade está prestes a ser inaugurada no dia 24 desse mês na Avenida Magalhães Pinto, em Coronel Fabriciano e, conforme a empresária faz questão de observar que a próxima unidade já está em fase de concepção e busca de local para a implantação. O centro de Timóteo provavelmente será o local que abrigará a terceira unidade franqueada no Vale do Aço. “esperamos inaugurar ainda nesse
Novos x usados
Há quase dez anos, a empreendedora Elaine Alves apostou na moda circular como modelo de negócio em um momento em que o assunto ainda não tinha a dimensão que tem hoje. O negócio funciona de forma simples: as lojas compram e vendem roupas do tamanho recém-nascido até 16 anos, além de calçados e acessórios para bebê como cadeiras de alimentação, bebê conforto e banheiras. Em média, as unidades têm 300 metros quadrados e contam com 30 mil itens no portfólio.
Outro diferencial é na hora da compra das peças. O valor do lote pode ser convertido em dinheiro ou um vale-compras com valor superior ao equivalente da venda que se recebe em dinheiro — o que garante que as compras tenham descontos.
outra novidade da empresa é a oferta de itens para locação. É possível alugar objetos como cadeirinha para carro, cadeira de alimentação, berço portátil e até brinquedos pelo tempo necessário de utilização. O aluguel de itens deve representar um incremento de 30% no faturamento das lojas.
