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Há algo de novo no “front” da indústria Metalmecânica do Vale do Aço.

Com o apoio do Sebrae e entidades parceiras, pequenas indústrias desenvolvem equipamento e entram de vez na cadeia produtiva do agronegócio.

Quatro empresas do APL Metalmecânico do Vale do Aço, desenvolveram um subsolador mais compacto, resistente e projetado para ser utilizado em pequenas propriedades agrícolas. O equipamento, primeiro do mercado a ser usado especificamente para essa finalidade, foi criado em parceria com o Sebrae Minas, Sindimiva, Senai e Instituto Euvaldo Lodi (IEL), e apoio da Fiemg.

O projeto do novo subsolador começou em 2022, quando o especialista ambiental Sebastião Tomas que, à época, atuava na região pela Cenibra, recorreu ao Sebrae Minas para apresentar a ideia. “Eu acompanhava as dificuldades dos pequenos agricultores, vizinhos à área de operação da indústria, em conseguir ferramentas para manejo e conservação do solo. Muitos deles dependiam de equipamentos cedidos por cooperativas ou prefeituras, que passavam muito tempo em manutenção por não terem muita resistência”, explica.

Diante dessa dificuldade e da falta de opções no mercado, o Sebrae Minas mobilizou o trabalho em conjunto de entidades de fomento ao setor industrial para a contratação de uma consultoria para avaliar a oportunidade de geração de negócios, com base nessa demanda voltada para pequenas propriedades agrícolas. “Depois de constatarmos a necessidade de uma ferramenta específica para o segmento, lançamos o desafio para as empresas do APL Metalmecânico com elevado potencial de desenvolvimento tecnológico”, conta o analista do Sebrae Minas Alessandro Challub.

Subsolador

Um subsolador é um equipamento usado para mitigar os efeitos da compactação superficial do solo, criando fendas que facilitam a penetração e retenção de água das chuvas, evitando o escoamento excessivo, que causa erosões e carreamento de nutrientes. Será fabricado, inicialmente,fabricado sob demanda pela Tecweld, empresa do município de Timóteo. A expectativa é que as primeiras unidades sejam produzidas no segundo semestre deste ano.

Diferenciais

De acordo com o supervisor de Tecnologia Industrial do Senai, Bruno Quintão, o novo subsolador foi desenvolvido em várias etapas. Inicialmente foram levantadas as necessidades dos produtores rurais. Além disso, foi realizado um teste em campo, utilizando diversos tipos de equipamentos. Nesta fase, foi observado que a maioria dos equipamentos de subsolagem comercializados foram desenvolvidos para propriedades agrícolas de escala industrial. Nas propriedades de menor porte, a maior parte dos maquinários utilizados na subsolagem eram adaptados com materiais de baixa resistência e poucas possibilidades de ajustes.

Validação

Essa necessidade é decorrência da análise do espectro de mercado que possui essa demanda ou deverá, no curto prazo, necessitar desse equipamento. Atualmente a região do Rio Doce (que inclui a RMVA e o Vale do Rio Doce) possui 1.907 propriedades e empresas relacionadas a preparo de terra para plantio registradas, entre pequenos negócios (1.530) e MPE’s (377)e, também, estão incluídas as empresas relacionadas a preparo de terra porque também estão dentro do mercado potencial.

Acesso a novos mercados

Para o presidente do APL Metalmecânico do Vale do Aço, Marlon Duarte, o novo subsolador é um divisor de águas no que diz respeito ao desenvolvimento de soluções para novos mercados. “Esse desafio vem de encontro às estratégias do Arranjo Produtivo Local para ampliar nossa participação no mercado e explorar novos nichos. Uma oportunidade não apenas para as empresas que participaram diretamente do projeto, mas para todo o cluster, já que soluções inovadoras como esta incentiva a atração de novos investimentos”, afirma Duarte.

Além da condução do projeto junto às instituições parceiras, o Sebrae Minas também subsidiou o aporte para o protótipo do equipamento pelo Senai, além do apoio técnico necessário.

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