A concessão/privatização da BR 381-Norte ligando Belo Horizonte ao Leste de Minas finalmente deixará como legado aos moradores da região uma estrada digna de primeiro mundo. Mas como tudo na vida, isso terá um custo. Além do famigerado IPVA, pago todos os anos, tendo como base uma alíquota de 4% do valor do veículo na tabela Fipe, os motoristas que diariamente cruzarem a vida terão ainda que desembolsar alguns reais para pagamento do pedágio.
A cobrança pelo uso da estrada será implantada gradualmente, conforme o avanço das obras da concessão, ainda sem data definida para começarem. Os valores, entretanto já estão definidos pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Inicialmente, a tarifa básica deve começar em torno de R$ 10,75 e pode chegar até R$ 13,75. Após a duplicação da rodovia e outras melhorias, as tarifas podem ser reavaliadas e reajustadas, com valores que podem variar de R$ 11,20 e R$ 15,37.
A concessão incluirá cinco praças de pedágio ao longo do trecho concedido, localizadas em Caeté, João Monlevade e Jaguaraçu. Quem seguir do Vale do Aço para Governador Valadares ainda terá outros dois postos de cobrança: em Belo Oriente e em Valadares.
Vencedora do pleito, realizado na última quinta-feira, 29, a 4UM, antiga JMalucelli terá como obrigações como a duplicação de 106 quilômetros, a implantação de faixas adicionais em outros 83 km. Também estão previstas 51 correções de traçado, além da construção de áreas de escape, pontos de parada e descanso para motoristas (principalmente caminhoneiros) e 23 passarelas para a travessia de pedestres.
Apesar do custo, o pagamento de pedágio é a garantia que a estrada estará sempre em condições de tráfego e com serviços de socorro rápidos e eficientes. Prova disso é o que acontece com a BR 116, entre o Rio de Janeiro e Governador Valadares que desde 2023 é privatizada. Em menos de seis meses sob a gestão da EcoRioMinas, o piso da estrada transformou-se em um verdadeiro tapete.
