Entidade alega que nova lei não será justa com beneficiários
O projeto de lei que propõe alterações significativas no Ipsemg vem gerando uma intensa controvérsia na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Durante uma sessão tumultuada da Comissão de Administração Pública, servidores públicos, especialmente do setor educacional, expressaram sua indignação virando as costas para os deputados em protesto contra a rejeição de emendas ao projeto. O Sind-UTE (Sindicato Único dos Trabalhadores na Educação) destacou sua determinação em evitar a aprovação do PL, criticando o aumento proposto nas contribuições e as mudanças nas isenções para dependentes de servidores.
Para a deputada Beatriz Cerqueira e outros parlamentares de oposição, como Professor Cleiton e Sargento Rodrigues a condução acelerada do processo legislativo e a falta de sensibilidade dos colegas da base governista, acusando o governador Romeu Zema de transferir o ônus financeiro do déficit do Ipsemg para os beneficiários. Segundo eles, a situação reflete um cenário de tensão crescente entre o governo e os servidores, com implicações significativas para o futuro do sistema de saúde e previdência estadual em Minas Gerais.
Pelas regras propostas no projeto, o valor mínimo de contribuição saltaria de R$ 33 para R$ 60, e o máximo de R$ 275 para R$ 500, com a introdução de uma alíquota adicional para usuários com mais de 59 anos. A proposta também elimina a isenção de contribuição para dependentes menores de 21 anos, o que, em algumas faixas salariais, neutraliza os reajustes salariais recentes ou até mesmo reduz os rendimentos dos servidores.