O SindUTE (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação) de Minas Gerais considerou “uma afronta” o aumento de 1% na proposta de reajuste salarial do governador Romeu Zema, passando de 3,62% para 4,62%. Segundo o sindicato, o percentual “é insignificante” diante de uma inflação de mais de 10% e outras medidas prejudiciais, como o aumento da contribuição ao Ipsemg. O SindUTE criticou o contraste com o reajuste de quase 300% nos salários do governador e sua equipe, resultando no terceiro maior salário para um chefe de executivo estadual do Brasil.
Em nota, o SindUTE denunciou a política de arrocho salarial para os trabalhadores da educação, comparando com o aumento salarial de Zema, de R$ 10,5 mil para R$ 39,7 mil em 2023, chegando a R$ 41,8 mil em 2025. O sindicato destacou a defasagem salarial dos professores em início de carreira, que recebem R$ 2,6 mil (para quem trabalhar 24 horas semanais, sendo 16 horas em sala de aula e outras oito em atividades extra-classe). A entidade conclamou os professores a se manterem organizados e mobilizados contra esses reajustes injustos e a política neoliberal do governador.