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Lixo eletrônico é luxo? Empresa familiar do Vale do Aço promove a engenharia reversa de resíduos sólidos eletrônicos de olho no mercado internacional.

Ainda distantes da coleta seletiva nas principais cidades do Vale do Aço, a iniciativa privada busca a rentabilização de materiais descartados pelas efêmeras substituições tecnológicas de aparelhos eletrônicos. A obsolescência cada vez mais rápida de smartphones, televisores, notebooks, computadores, aparelhos reprodutores de áudios e tantos outros eletroeletrônicos engolidos pela atualização tecnológica jogam no mercado toneladas de lixo eletrônico, cada vez mais, difíceis de serem alocados. Para se ter uma ideia, de acordo com um relatório da Green Eletron, Gestora para Logística Reversa de Equipamentos Eletroeletrônicos criada pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, Abinee, em 2021, somente 3% do lixo eletrônico gerado é coletado corretamente. A meta, segundo a legislação brasileira, é que até 2025, 17% dos resíduos eletrônicos sejam reciclados e isso se justifica pelo crescimento da coleta de resíduos eletrônicos no Brasil (2020 – 16 toneladas. 2021- 105 toneladas).

De olho nesse crescimento, Pai e dois filhos (Paulo Márcio de Almeida e os filhos Felipe e Diego Denúbila Almeida), decidiram investir no segmento e, em 2019, fundaram a BioVale Reciclagem, uma empresa especializada na reciclagem de Lixo eletrônico. Sua sede está na Avenida Sanitária no bairro Limoeiro.

Operação

Sua operação consiste na coleta, triagem e comercialização de materiais advindos de placas de circuitos eletrônicos, cabos e demais gadgets(periféricos) de computadores. “Recebemos os materiais elétricos de empresas, ecopontos de coleta e pessoas físicas. Ao chegar na BioVale estes materiais passam pelo processo de separação e pesagem e, em seguida, são encaminhados para o estoque onde vão ficar armazenados até chegar o momento da descaracterização.  Descaracterizados, os resíduos são classificados separadamente por placas eletrônicas, cobre, alumínio e plásticos. Por fim, os materiais estão prontos para serem encaminhados para seu destino final. Cada material tem uma destinação correta” explica Felipe.

Ainda, segundo Felipe, algumas placas eletrônicas, por exemplo, podem ser remanufaturadas e reutilizadas em novos equipamentos eletrônicos. O cobre e o alumínio podem ser reciclados e transformados em novos produtos. Já os plásticos podem ser reprocessados e utilizados na fabricação de outros materiais plásticos.

Destinação correta 

As atividades desenvolvidas na empresa se orientam pela destinação correta dos resíduos eletrônicos contribuindo para a preservação do meio ambiente e a redução de lixo depositado em aterros sanitários. Além disso, contribui para a diminuição da extração de recursos naturais, uma vez que a reciclagem reduz a necessidade de produção de novos materiais.

A Bio Vale, também, coleta “in loco” resíduos eletrônicos para empresas e pessoas físicas, facilitando o descarte correto e seguro desses materiais. Com isso, a BioVale Reciclagem cumpre não apenas um papel ambiental importante, mas também auxilia na conscientização da população sobre a importância da reciclagem e do descarte adequado de lixo eletrônico.

 

 

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