Uma espécie de inseto recentemente descoberta no território do Parque Estadual do Rio Doce (Perd), pode ganhar um nome popular, indicado por estudantes da região. Com o nome cientifico de Mapinguari uai, a mosca poderá ser batizada em breve, ganhando com isso um nome de fácil assimilação.
A iniciativa é organizada pelo projeto Tem Bicho no Parque, fruto de parceria entre o IEF (Instituto Estadual de Florestas), UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e pesquisadores atuantes no Perd.
Ao todo, mais de 180 estudantes do 5º e 6º ano participaram da terceira ação realizada por meio do projeto. Anteriormente, foram estudados o tatu-canastra (Priodontes maximus), espécie vulnerável, e o bicudo (Sporophila maximiliani), ave criticamente em perigo. As visitas às escolas são realizadas com representantes do Perd e pesquisadores que atuam na unidade de conservação. Durante os encontros, o conteúdo educativo é desenvolvido junto às crianças por meio de oficinas e atividades lúdicas.
Em 2016, um grupo de pesquisadores descreveu uma nova espécie de mosca encontrada no Parque Estadual do Rio Doce, cujo nome científico é Mapinguari uai. Membro do projeto Tem Bicho no Parque e servidora da UFMG, Vanessa Cappelle, explica que o inseto ainda não possui um nome popular e que as sugestões foram coletadas junto aos estudantes.
“O gênero da mosca só era conhecido na região amazônica. A pesquisadora Júlia Calhau descobriu que esse gênero também ocorre aqui no Perd, mas ela ainda é misteriosa e necessita de mais estudos. A mosca da Amazônia chama-se Mapinguari politus, o inseto descoberto no PERD foi nomeado como Mapinguari uai para aproximar com o modo do falar mineiro. Agora, estamos propondo às crianças que façam sugestão para o nome popular a ser dado para a mosca”, informa Vanessa.
Após coletar as sugestões dadas pelos estudantes das escolas de Marliéria e Dionísio, as propostas serão levadas para uma comissão de pesquisadores realizarem a avaliação e escolha do nome mais adequado para ser dado ao inseto.