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Aves do Parque Estadual do Rio Doce são destaque em congresso

Lar de diversas espécies de aves raras e até mesmo ameaçadas de extinção, o Perd (Parque Estadual do Rio Doce) foi um dos destaques no Congresso Avistar Brasil, realizado neste fim de semana em São Paulo. O evento, focado na observação de aves, é considerado o maior do gênero na América Latina e este ano contou com a participação de mais de 8 mil pessoas, que puderam conhecer mais das riquezas do maior fragmento contínuo de Mata Atlântica do estado de Minas Gerais.

Durante o congresso, Henrique Júnior, coordenador do “Projeto Observação de aves do Perd e entorno” e membro da Duperd (Associação Amigos do Parque Estadual do Rio Doce), falou a respeito da estrutura e a biodiversidade do parque.  “Foi uma oportunidade única para divulgação do Perd como destino para a observação de aves em um lugar cheio de pessoas interessados no assunto, dispostas a ir aonde for para conhecer novas espécies ou apreciar aquelas já conhecidas. Representar o Perd, apresentando esse destino promissor, foi muito relevante e vai gerar frutos no futuro”, pontuou.

Observação de Aves no Perd

A iniciativa para desenvolvimento do Parque Estadual do Rio Doce como destino de observação de aves nasceu há 10 anos atrás por meio da Duperd, que ao lado da gestão da unidade de conservação e voluntários, em especial destaca-se a participação do biólogo Tiago Dornas, um dos primeiros entusiastas da ideia. Ao longo dos anos essa ideia contou com a participação de diversos atores como o projeto Turismo no Vale, iniciativa do Sebrae MG e Circuito Turístico Mata Atlântica de Minas (CTMAM).

Em 2019, a iniciativa ainda foi contemplada com recursos, junto ao Edital Doce da Fundação Renova, o que possibilitou um salto nas ações de promoção da atividade por meio do projeto “Aves do Perd” no qual foram desenvolvidas diversas ações como, capacitação para condutores e receptivos turísticos, cursos de fotografias, aquisição de equipamentos e a criação do Guia de bolso das Aves do Perd e entorno.

Henrique explica que neste processo, o Perd bem como o entorno da Unidade de Conservação, tem se fortalecido como um destino para a prática da observação de aves. “Todas essas ações contribuíram significativamente para a implementação desse destino. A partir da divulgação e dessa preparação, o Parque tem sido procurado, cada dia mais, por turistas de diversos lugares do Brasil que querem descobrir novas opções de locais para observação de aves e conseguir novas espécies para suas listas”, destaca Henrique.

Conservação de aves raras

Com mais de 36 mil hectares de área protegida, o Parque Estadual do Rio Doce abriga diversidade de aves das quais muitas delas são raras ou se encontram em elevado grau de ameaça a nível mundial, entre elas o pica-pau-dourado-grande, jacu-estalo e o bicudo.

“O Perd se constitui como um dos últimos refúgios de dezenas espécies de aves da Mata Atlântica em Minas Gerais. Temos mais de 20 espécies de aves ameaçadas de extinção. Sendo assim, o parque é muito representativo por ter essa conservação e é um destino que vale ser divulgado, pois sem esse território de preservação muitas espécies já teriam desaparecidos do nosso estado”, reforçou Henrique.

 

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