A cidade de Catas Altas, na região central, traz na arquitetura de suas construções o início da história de Minas. Foto: Marcelo Luciano
A atividade turística em Minas Gerais representou 9,3% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2022, com uma movimentação financeira na casa dos R$ 925 bilhões. Segundo a Fundação João Pinheiro (FJP), que divulgou os dados as causas desse bom desempenho estão diretamente ligadas ao crescimento do setor de serviços, com destaque para o turismo.
Este cenário positivo coincide com os dados observados em Minas Gerais. De acordo com a agência de viagens CVC, o Estado recebeu 78,4 mil passageiros em 2022, um aumento de 4,9% em comparação com o ano anterior. Somou-se a isso, o crescimento apontado também em 2022 no fluxo de pessoas no desembarque aéreo, que cresceu 41,7% em comparação ao ano anterior, de acordo com dados estimados pelo Observatório do Turismo de Minas Gerais.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a partir dos números do PIB foi o setor de serviços, segmento econômico que mais cresceu no país, registrando aumento de 4,2%. Destaque neste setor, o turismo é hoje apontado, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), como um dos principais responsáveis por alavancar o PIB nacional, que registrou um aumento de 2,9%, no ano que passou.
E os indicadores apontam continuidade dessa expansão: a empresa espera um crescimento de 5% no número de turistas que viajam a Minas Gerais para este ano. Os dados do Carnaval 2023 reforçam a previsão: na maior folia de sua história, o Estado superou as expectativas de público e registou 11,6 milhões de turistas, consagrando-se como o 4º maior evento do gênero do país. A marca soma-se ao fato de Minas ter alcançado o segundo lugar dentre os destinos mais procurados por turistas no Brasil, de acordo com o levantamento realizado pelo IBGE em parceria com o Ministério do Turismo.
Para a Semana Santa, o próximo feriado, a expectativa também é de alta ocupação hoteleira e grande procura pelo turismo da fé. “Turismo é experiência. Estar em uma cachoeira por aqui é muito diferente do que estar em uma cachoeira em São Paulo, por exemplo. O nosso principal atrativo, além das belezas e do patrimônio histórico/cultural, é a nossa mineiridade, nossa cozinha mineira, nosso jeito de receber… Esse crescimento da procura pelo nosso Estado é graças a isso, mas também graças ao trabalho realizado em conjunto com o governo, os municípios e empresas do setor turístico”, detalhou o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira.
Público corporativo
O levantamento da CVC também mostrou o grande potencial mineiro para o turismo de negócios. Do total de viagens de 2022, 55% foram para esta finalidade. A grande maioria do público corporativo (60%) comprou passagens na mesma semana de embarque, e 41% ficaram uma ou duas noites.
Já o público que veio a lazer (45%) se programou mais para vir a Minas e ficou mais tempo por aqui. Grande parte (40%) adquiriu pacotes de viagem com mais de 60 dias de antecedência, e metade reservou hospedagem para duas ou três noites.
Entre as cidades emissoras, o top 5 é ocupado por São Paulo (30%); Belo Horizonte (8,95%); Santo André (4,6%); Campinas (3,57%) e Rio de Janeiro (2,97%). Bruno Heleno, diretor de Produtos Nacionais da CVC Corp, afirma que Minas Gerais é um mercado estratégico para a empresa e para o turismo brasileiro. “Um estado que reúne história, cultura, gastronomia e muito potencial a ser desenvolvido. Estamos trabalhando cada vez mais forte nessa aproximação com os destinos, apresentando a Fábrica de Produtos da CVC Corp, para gerar os melhores negócios aos fornecedores e levar as melhores condições aos clientes”, declarou.