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Corpo do garoto desaparecido em Antônio Dias é encontrado

Depois de cinco dias de intensas buscas, o Corpo de Bombeiros encontrou no início da manhã desta quinta-feira, 29, o corpo do adolescente Luan Gonçalves Rodrigues, 12 quarta vítima do desabamento ocorrido na noite do último sábado, 24, na comunidade de Vila Carvalho, em Antônio Dias. Luan e outros três pessoas morreram vítimas do desastre que atingiu quatro casas da localidade, além de vários feridos.

O local onde o garoto foi encontrado já tinha sido vasculhado pelos bombeiros em buscas anteriores, o que leva a hipótese de que o corpo estava submerso ou preso em algum local. O corpo estava próximo ao maciço da Barragem de Antônio Dias, onde funciona a Usina Hidrelétrica de Sá Carvalho, a pouco mais de 4 Km de onde morava e desapareceu.

Nesta quinta-feira, o Corpo de Bombeiros tinha traçado uma nova estratégia nas buscas. Uma delas seria a revirada dos escombros na região atingida pela encosta, com foco no lado direito da casa, bem como retirada de um veículo de dentro do córrego Severo, próximo às casas atingidas. Haveria, também, a busca visual em embarcação e percurso a pé/nado do córrego a partir do ponto do evento, abrangendo área da represa/usina Sá Carvalho, sentido rio Piracicaba, além de buscas em embarcação partindo do Vale do Aço sentido Baguari.

No dia da tragédia, chovia forte na região, que é banhada pelo córrego Severo, afluente do rio Piracicaba. A família de Luan comemorava o Natal em casa, quando o barranco desabou e soterrou a residência parcialmente, atingindo parte dos familiares. A mãe, uma irmã de 16 anos (Letícia) e Luan foram para a beira de uma estrada em uma parte mais alta. O pai ficou no local do deslizamento para ajudar outras pessoas que ficaram soterradas. Ao ver que o pai ainda estava próximo à casa, Luan voltou para resgatá-lo.

“Minha mãe pediu que ele não fosse, disse que meu pai estava bem, mas o Luan insistiu e desceu. Nessa hora o barranco veio e soterrou todo mundo”, lembrou Letícia. Segundo ela, o pai dela foi jogado para dentro de um córrego e conseguiu se segurar em uma árvore até ser socorrido, mas o menino desapareceu nos escombros.

A adolescente se emocionou ao falar do irmão. “Minha mãe estava lembrando que ele falava que não queria que meus pais morressem porque ele não iria aguentar. Ele era um menino muito carinhoso e muito família. Pedia abraço toda hora. Era muito brincalhão, alegre e tímido também. Ele gostava de ajudar todo mundo”, conclui a adolescente, entre lágrimas.

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