Começou oficialmente hoje, 16 de agosto, a campanha eleitoral em todo o país. Em cada um dos 27 estados e no Distrito Federal, milhares de candidatos puderam começar a distribuir material de propaganda e a realizar eventos como comício e encontros para pedirem votos.
O principal destaque do dia foi, sem dúvida, a agenda dos quatro principais candidatos à presidência da República. O atual ocupante do Palácio do Planalto, Jair Messias Bolonaro (PL), esteve em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. Seu principal opositor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), participou de em evento em São Paulo, mesma cidade onde também esteve Simone Tebet (MDB) e o outro principal postulante, Ciro Gomes (PDT).
O presidente participou de um evento em Juiz de Fora, onde, há quatro anos, foi alvo de um atentado com faca. A tentativa de assassinato ocorreu pelas mãos do ex-militante do Psol Adélio Bispo. Em discurso para apoiadores, Bolsonaro debruçou-se sobre sua agenda liberal-conservadora. “O Brasil estava à beira de um colapso, com problemas éticos, morais e econômicos, e marchava, sim, a passos largos para o socialismo”, afirmou o chefe do Executivo, sob uma salva de aplausos da plateia.
Já em São Paulo, Lula garantiu que vai voltar a ser presidente para recuperar o país. “Nós vamos ganhar a eleição porque esse país precisa de nós”, disse aos trabalhadores. “Se preparem porque nós vamos trabalhar e fazer a maior transformação que esse país já viu. Com a volta do emprego, do salário e do respeito”, afirmou. Simone Tebet realizou na manhã desta terça o seu primeiro ato oficial ao se reunir com representantes do setor cultural, em São Paulo. Durante o encontro, a senadora pelo Mato Grosso do Sul ouviu relatos de indignação sobre a precariedade do quadro atual e sugestões de mudanças, e prometeu recriar o Ministério da Cultura, que hoje é um “puxadinho” (secretaria) do Ministério do Turismo.
Ciro Gomes e sua vice, que também é vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos, deram o ponta pé inicial deu início à campanha eleitoral em um comício em Guaianases, zona leste de São Paulo. Ciro aproveitou para alfinetar o PT ao lembrar da homenagem que fez ao ex-senador Eduardo Suplicy, batizando com o nome dele o programa de transferência de renda do PDT à Presidência. “É uma questão simples: ele (Suplicy) dedicou a vida para colocar esse assunto (transferência de renda) em pauta. O PT sempre levou ao deboche e ao ridículo. Eu sempre o levei a sério”, afirmou.
