O governador de Minas, Romeu Zema, enviou nesta sexta-feira, 11, à Assembleia Legislativa, um projeto de lei que muda algumas regras do reajuste salarial de 10,06% concedidos aos servidores. O substitutivo, como é chamado tecnicamente o novo texto, estabelece o pagamento retroativo a janeiro para os servidores da Saúde e da Segurança Pública, assim como já havia sido previsto para a Educação.
Outra alteração no texto é o acréscimo de mais uma parcela do abono fardamento ou auxílio vestimenta para as forças de segurança, além das três já anunciadas pelo Governo de Minas em fevereiro. Assim, em relação à forma atual, passam a ser pagas quatro parcelas do abono, em vez de uma, nos meses de fevereiro, maio, agosto e novembro. Cada uma das parcelas equivale a 40% da remuneração básica do soldado, cerca de R$ 2 mil.
A recomposição salarial equivale à inflação registrada em 2021 e medida pelo IPCA e será a mesma para todos os servidores. Ela será paga a partir da folha de maio – quitada em junho. O impacto total das medidas anunciadas é de R$ 4,99 bilhões por ano aos cofres estaduais.
Em entrevista coletiva durante o anúncio do envio do projeto, Zema lembrou que a última recomposição salarial para todo o funcionalismo mineiro foi em 2011. Ele reafirmou o seu compromisso de continuar com o trabalho para equilibrar as contas para que o Estado siga avançando nas políticas públicas e no desenvolvimento social e econômico, depois de anos estagnado.
“Vou respeitar o servidor público, pagando em dia aquilo que é de direito deles e não deixar faltar nada nos demais setores, como vinha acontecendo nos governos anteriores. Fico satisfeito em fazer aquilo que ficou 11 anos suspenso em Minas, um reajuste para todos os servidores. Dentro do contexto do Brasil e diante das dificuldades que vivemos, eu diria que estamos fazendo algo representativo”, finalizou.