Certamente cansados dos demandos e devaneios socialistas da administração Alberto Fernández/Cristina Kirchner, o eleitorado argetino impôs à dupla uma dolorosa derrota nas eleições legislativas realizadas neste domingo na Argentina. Será a primeira vez desde 1983 que uma coalizão peronista precisará de aliados para aprovar projetos no Legislativo. O resultado é visto como ‘punição’ ao governo por causa da alta inflação e aumento da pobreza.
Os eleitores escolheram 127 deputados, representando metade das cadeiras na Câmara dos Deputados, e 24 senadores em oito províncias, o que é um terço da Câmara, que terá agora 118 deputados da situação e 116 da oposição. No Senado, o governo ficou apenas com 24 dos 72 cadeiras, perdendo a folgada maioria que tinha desde a década de 80. A posse dos novos parlamentares está prevista para dezembro.
Com esta derrota Fernández, ficará ainda mais debilitado, sendo considerada quase nula a suas chances de reeleição em 2023. Já Cristina Kirchner saiu ainda mais chamuscada com a perda do controle no Senado, casa que comanda na condição de vice-presidente.