A licitação que será lançada neste mês de setembro pelo Governo Federal, prevê a concessão das BRs 262 e 381 à iniciativa privada. As obras nas duas rodovias devem gerar mais de 100 mil empregos, além de provocar uma mudança considerável na infraestrutura do modal rodoviário no Leste de Minas e na parte norte da Zona da Mata.
Em 2015, a duplicação da 381 começou, mas, até hoje, 2021, apenas 60 km foram concluídos. Já no atual governo, o diretor-geral do Senado Federal e ex-diretor-geral do DNIT (2004-2008), Alexandre, Silveira passou a atuar junto ao Ministério da Infraestrutura para que a novela da rodovia fosse, finalmente, resolvida.
Agora, além da concessão da BR 381, o edital prevê também a privatização de trechos da BR-262, entre João Monlevade e Viana (ES). Serão realizados investimentos de R$ 7,3 bilhões em melhorias e obras e outros R$ 4,7 bilhões para a parte operacional das rodovias durante um contrato de 30 anos. Só na fase das obras, cerca de 100 mil postos de trabalhos devem ser abertos.
Entre as principais obras previstas após a concessão estão 402 quilômetros de duplicação, 228 quilômetros de faixas adicionais, 131 quilômetros de vias marginais, 130 retornos, 125 correções de traçado, 50 passarelas, pelo menos dois pontos de parada e descanso para profissionais do transporte rodoviário, além do contorno de Manhuaçu.
O projeto de concessão da 381 traz uma série de novidades, com tarifas diferenciadas para pista dupla e simples, bem como um desconto de 5% para usuários que optarem pelo pagamento eletrônico. Outra novidade: vai haver vários pontos de parada para caminhoneiros.
“Ao longo dos últimos meses, tenho conversado muito com o ministro Tarcísio Gomes sobre a importância dessa obra para Minas Gerais. A rodovia é da década de 50, tem mais de 800 curvas e o seu traçado precisa urgentemente ser modificado. Além de reduzir drasticamente o número de acidentes, vai ser fundamental para o desenvolvimento não só dos vales do Aço e Rio Doce, mas de toda Minas Gerais”, comemorou.
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