Depois do Banco Credit Suisse elevar o preço-alvo das ações da Usiminas de R$ 23,50 para R$ 25,50, mantendo a recomendação de compra, foi a vez da agência internacional de avaliação de risco Fitch passar o rating da companhia de A+ para AA+ na escala nacional e, na escala global, de BB- para BB. A perspectiva, segundo a agência, é estável.
No relatório divulgado, a Fitch destaca o bom desempenho da companhia mesmo ainda diante de desafios trazidos pela pandemia e a manutenção de um perfil operacional sólido, em meio a um ambiente positivo para o aço no Brasil. A agência apontou, ainda, o baixo nível de endividamento e o perfil de dívida controlado.
Standard and Poors foi a primeira
Em 2021, está é a segunda vez que a Usiminas recebe melhora em seu rating. Em fevereiro, a Standard and Poors já havia elevado a nota da companhia para BB- e brAA+ nas escalas nacional e global, respectivamente. Na avaliação do vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores, Alberto Ono, a decisão da Fitch corrobora o momento positivo da companhia. “A Usiminas apresentou resultados expressivos no primeiro trimestre do ano e, no início da semana, retomou equipamento paralisado em Ipatinga dentro de seu foco para atendimento aos clientes, especialmente no mercado interno. As estimativas de crescimento do PIB e o aumento no consumo aparente de aço de cerca de 44% nos primeiros quatro meses do ano, divulgado pelo Instituto Aço Brasil, apontam para um cenário positivo e reforçam as nossas expectativas de uma recuperação econômica consistente em 2021”, afirma Ono.
Instituto Aço Brasil com relatório muito positivo para maio
A produção brasileira de aço bruto, em maio, atingiu 3,1 milhões de toneladas, a maior desde outubro de 2018. No acumulado de janeiro a maio de 2021, a produção alcançou 14,9 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 20,3% frente ao mesmo período do ano anterior, a maior da série histórica. Confira outros indicadores:
- Vendas internas: 2,1 milhão de toneladas (+73,9% maio 2020);
- Vendas internas acumuladas (5 meses): 10 milhões de toneladas (+46,5%);
- Consumo aparente: 2,5 milhões de toneladas (+83% maio 2020);
- Consumo aparente acumulado (5 meses): 11,5 milhões de toneladas (50,7%);
- Indicador de Confiança da Indústria do Aço (ICIA-Junho 2021): (-7,3%)= 63,8 pontos.
Obs.: Essa queda ocorreu após dois meses de crescimento do indicador. Ainda assim, o ICIA se mantém 13,8 pontos acima da linha divisória de confiança de 50 pontos e 2,6 pontos acima da média histórica do indicador (61,2 pontos), iniciada em abril de 2019.”