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A hotelaria nacional pede socorro

Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – ABIH Nacional, por meio do seu presidente, Manoel Linhares, emitiu carta aberta acusando o momento difícil, que se repete, o que passa o setor, muito semelhante ao vivido no ano passado.

Manoel Cardoso Linhares, presidente da ABIH Nacional.

Segundo o executivo, apesar das esperanças de uma retomada já no início de 2021, os números relacionados às atividades econômicas no país mostram um cenário adverso, com previsões de retração entre 4% e 11% no primeiro trimestre desse ano. Para hotelaria nacional, especialmente a localizada nos grandes centros e calcada no turismo de eventos e de negócios, a situação chega a ser dramática, já que com as atividades novamente paralisadas em diversos destinos Brasil afora, não será possível sequer recuperar as perdas de 2020 este ano. O que o setor espera, é sobreviver em 2021, sem praticamente nenhuma receita desde o ano passado (o setor não tem estoque).

Para que o setor sobreviva, será necessário ações imediatas em todos os níveis – municipal, estadual, federal e da iniciativa privada, entre elas a efetivação imediata de uma medida provisória semelhante à MP 936 que possibilite a renegociação de contratos de trabalho e a redução de jornada e salários.

Outro flanco necessário, segundo a ABIH, é atacar a questão fiscal como a redução de impostos municipais como o IPTU; e a nível estadual, a renegociação das tarifas como a de água, cuja a cobrança deveria ser realizada em cima do consumo, e não por tarifa mínima.

Adiamento de pagamento de dívidas

Linhares propõe, de forma mais relevante, a suspensão da cobrança das parcelas dos fundos de financiamentos também em 2021 – como foi feito a partir de abril até dezembro de 2020 – e a reprogramação dos pagamentos a partir de 2022, bem como a abertura de novas linhas de crédito acessíveis para evitar que unidades hoteleiras encerrem suas atividades, como já vem acontecendo em todo o país.

No Vale do Aço

O Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares, Sindhorb Vale do Aço, aponta as dificuldades enfrentadas pelo setor no ano passado. Para o presidente Benedito Pacífico, o Vale do Aço é centrado em turismo de negócios e a atividade industrial não parou. Passamos a conviver com taxas de ocupação em torno de 40% (mesmo em período pré-pandemia não ultrapassa 65% – situação própria de seguidas crises a partir de 2015 e a construção de novos hotéis).

O líder empresarial, questionado sobre os financiamentos que foram parte de ações do governo para atenuar os efeitos da pandemia na economia, como o Pronampi, ele engrossou o coro com os demais setores falando sobre o desafio em ter que começar o pagamento em abril se quem o setor se recuperasse das perdas de 2020. “Continuamos com baixo desempenho, baixo faturamento e quem optou pelo financiamento já terá que pagar”, demonstra insatisfação Pacífico.

Bené, como é conhecido o também proprietário do Hotel Metropolitano, em Coronel Fabriciano, ponderou sobre a necessidade de aplicar novamente as medidas de redução de jornada de trabalho com redução de salário. “É uma medida que considero justa e que permite a manutenção de empregos” justifica o empresário.

Perguntado sobre a expectativa em relação ao aumento das taxas de ocupação dos leitos de enfermaria e UTI-SUS destinados ao tratamento da Covid-19 e o risco que pode trazer para a economia com o retorno de medidas restritivas de circulação, o presidente demonstrou preocupação. “A indústria não é afetada por essas medidas, no entanto a circulação de viajantes e outros afins é reduzida e pode repetir as mesmas dificuldades que o setor enfrentou no ano passado”.

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