Impedidas de receber clientes nas três maiores cidades da região, as chamadas lojas “não essenciais” devem começar a demitir funcionários em breve. É que o prevê do Sindcomércio/Vale do Aço, José Maria Facundes. Segundo ele, sem um programa de redução de salários que abranja os comerciários, os empresários de Ipatinga, Fabriciano e Timóteo não terão outra saída e já deverão dispensar parte dos funcionários nas próximas semanas. “Sem vender, como vamos pagar as contas”, comentou.
O dirigente sindical lembrou que, em abril do ano passado o Governo Federal criou um programa emergencial que permitia a suspensão de contratos e redução de jornada de trabalho, com pagamento de parte dos salários pelo governo. Agora, a expectativa é pela volta deste programa, através de uma nova Medida Provisória.
Enquanto isso não acontece, o Sindcomércio enviou aos sindicatos que representam os comerciários uma proposta que prevê — entre outras medidas — a suspensão de até 90 dias do contrato de trabalho para empregados do grupo de risco. Neste período, a empresa pagaria 60% do salário, mas como uma espécie de abono, de maneira a não incidir impostos. Na proposta, o Sindcomércio ainda solicita a redução da jornada de trabalho e salarial em 25% também por até 90 dias, sugerindo, ainda, a antecipação de férias individuais e coletivas, até a segunda quinzena de junho.