Em virtude da pandemia, Prefeitura cancelou festividades de aniversário
Com presença apenas de autoridades e representante de entidades, uso de máscaras e álcool em gel, a Prefeitura de Coronel Fabriciano realizou um momento cívico para marcar o aniversário de 72 anos da cidade. O evento simbólico aconteceu em frente ao Paço Municipal, no Centro, e foi restrito a convidados com objetivo, justamente, de evitar aglomerações por causa da pandemia do Coronavírus.
“Ontem (terça-feira, 19) recebemos as primeiras doses da vacina contra Covid-19 e já começamos a imunizar a população mais vulnerável. Este é o maior presente que a cidade pode receber neste momento. A vacina representa fé, nos dá esperança de dias melhores e mais saúde para todos; mas a pandemia ainda não acabou e precisamos manter os cuidados para preservar vidas. Por isso, decidimos por cancelar as festividades e realizar apenas um evento simbólico”, disse o prefeito Dr. Marcos Vinicius, em seu discurso.
O grupo de Escoteiro Tapajós conduziu a cerimônia de hasteamento das bandeiras acompanhado do prefeito Dr. Marcos Vinicius (que hasteou a bandeira do Brasil); Comandante do 58º Batalhão da Polícia Militar, Tenente-Coronel Luiz Carlos Ribeiro Magalhães (Minas Gerais); e o líder de governo na Câmara de Vereadores, Luciano Lugão (Coronel Fabriciano).
A execução do hino nacional e o tradicional “parabéns para você” para a cidade ficou por conta da Banda Marcial da Casa de Inclusão Social (Cais). Também participaram da solenidade os alunos do curso pré-militar DENACEM-Fabriciano. Houve um momento ecumênico de bênçãos à cidade e à sua população, conduzido pelo Pároco da Paróquia São Sebastião, Padre José do Carmo Zambom, e o Pastor Wesley Dias, da Igreja Batista Seara.
Participaram da solenidade o deputado Estadual, Celinho do Sinttrocel; o presidente do Sindcomércio Vale do Aço, José Maria Facundes; vice-prefeito, Sadi Lucca; vereadores e secretários municipais.
HISTÓRIA
A história de Coronel Fabriciano tem seu início no século XVI. As expedições seguiam pelos chamados Sertões do Rio Doce à procura de metais preciosos. Mas a fim de evitar o contrabando do ouro extraído na região de Diamantina, o povoamento da região foi proibido de participar, sendo liberado só em 1755.
O fluxo de tropeiros até o século XIX levou à formação do povoado de Santo Antônio de Piracicaba, região do atual Melo Viana, elevado a condição de distrito em 1923. Na mesma época, a localidade passa a ser atendida pela EFVM e é construída a Estação do Calado, estabelecendo-se ao seu redor o núcleo urbano, hoje atual Centro da cidade. Em 1936, a Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira se instalou na cidade, fortalecendo a formação de um núcleo urbano, culminando na emancipação de Coronel Fabriciano em 27 de dezembro de 1948. A empresa permaneceu na cidade até a década de 60.
Nas décadas de 40 e 50, respectivamente, Coronel Fabriciano passou a sediar os complexos industriais da Acesita e Usiminas, essenciais para o desenvolvimento da cidade. Mas, com a emancipação política de Timóteo e Ipatinga, em 1964, as empresas passaram a pertencer aos municípios. Com as indústrias, veio o crescimento populacional, infraestrutura urbana, equipamentos de saúde e educação. A siderurgia contribuiu para a formação da Região Metropolitana do Vale do Aço, segundo pólo urbano-industrial de Minas, Estado, e também o desenvolvimento do comércio e da prestação de serviço, hoje as principais fontes econômicas em Fabriciano.
Como a principal fonte geradora do PIB fabricianense, o setor terciário é responsável por um dos mais importantes centros comerciais da região metropolitana do Vale do Aço. Coronel Fabriciano também é uma cidade com forte tradição religiosa, mantendo um rico calendário de eventos que atraem anualmente milhares de visitantes. A população estimada é de 110 mil habitantes, concentrada na área urbana. Uma curiosidade é que dos 221 km² de extensão territorial, 80% é de área rural. Destaque para a Serra dos Cocais, que abriga um importante remanescente de Mata Atlântica, mirantes, cachoeiras, arquitetura tipicamente rural e grupos folclóricos que mantêm viva a tradição dos primeiros moradores do Vale do Aço.