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200 mil mortos! como chegamos a essa triste marca?

Com informações do portal Uol, o Brasil superou hoje a marca das 200 mil mortes provocadas pela covid-19. O levantamento é do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, em boletim extra divulgado às 17h29 desta quinta-feira.

Até o momento, o país registrou 968 novas mortes provocadas pela covid-19 de ontem para hoje, elevando para 200.011 o total de óbitos desde o começo da pandemia. Entre ontem e hoje também foram confirmados 47.264 novos casos da doença, com um total de 7.921.803 infectados desde o início da pandemia. Os dados consolidados do consórcio serão divulgados às 20h.

O início da Pandemia

O primeiro caso da pandemia pelo novo coronavírus, SARS-CoV2, foi identificado em Wuhan, na China, no dia 31 de dezembro do último ano. Desde então, os casos começaram a se espalhar rapidamente pelo mundo: primeiro pelo continente asiático, e depois por outros países.

Em fevereiro, a transmissão da Covid-19, nome dado à doença causada pelo SARS-CoV2, no Irã e na Itália chamaram a atenção pelo crescimento rápido de novos casos e mortes, fazendo com que o Ministério da Saúde alterasse a definição de caso suspeito para incluir pacientes que estiveram em outros países. No mesmo dia, o primeiro caso do Brasil foi identificado, em São Paulo.

Em março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu o surto da doença como pandemia. Poucos dias depois, foi confirmada a primeira morte no Brasil, em São Paulo. No mesmo dia, dois pacientes que haviam testado positivo para coronavírus, do Rio de Janeiro, vieram a óbito, mas laudos das mortes ainda não foram divulgados.

Razões para a chegada a esse número de mortos:

1)Troca de Ministros

Em meio à corrida para conter o avanço da covid-19 no Brasil, o conflito entre o presidente Jair Bolsonaro e o Ministério da Saúde sobre a manutenção do distanciamento social como medida para a propagação da doença levou à demissão do ministro, Luiz Henrique Mandetta em 16 de abril. Em seu lugar, Bolsonaro nomeou o oncologista Nelson Teich, com experiência na gestão privada da saúde.

O novo ministro tomou posse (17/4) e defendeu os testes em massa para conhecer melhor a propagação do vírus no país, o monitoramento de casos e a adoção de medicamentos e vacinas.  Não teve como não conflitar suas ações e proposições sobre a pandemia em relação ao presidente Bolsonaro. Seu período à frente da pasta durou apenas 29 dias e foi substituido pelo General de 4 estrelas Eduardo Pazuello.

Após período de interinidade, foi efetivado e defendido pelo presidente pela sua experiência e competência em logística, o que com os 7 mil testes parados em galpão prestes a vencer, aliado a não antecipação de negociações com fornecedores de agulhas e seringas tem o colocado na berlinda, sendo o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, já cotado para substituí-lo.

2) Desarticulação do governo federal com estados e municípios

Estados e municípios sofrem com a falta de articulação com o governo federal e com os efeitos provocados por discursos do presidente Jair Bolsonaro que minimizam a Covid-19 e semeiam desconfiança das ações dos governadores e prefeitos na luta contra a pandemia.

3) Negacionismo

O presidente, que desde o início tratou a Covid-19 como uma “gripezinha”, sempre ignorou em sua conduta as normas de distanciamento social preconizadas pela Organização Mundial da Saúde – OMS. Ele insiste em tratar a hidroxicloroquina como remédio milagroso contra o novo coronavírus, apesar da falta de evidências científicas que comprovem sua eficácia.

4) Colisão com a ciência

A estratégia de reação à Covid-19 defendida pelo presidente Jair Bolsonaro, que insiste no uso da cloroquina como tratamento em todos os casos e demonstra resistência ao isolamento social, aliena o Executivo federal brasileiro da comunidade médica e científica nacional e global.

A espera da Vacina hoje, pelo menos, a notícia da eficácia de 78% da Vacina do Butantã, gera uma esperança.

 

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