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Sem ar: falta de oxigênio asfixia saúde no Amazonas

Familiares de pacientes internados nos hospitais de Manaus estão usando as redes sociais e procurando os veículos de comunicação para relatar a falta de oxigênio na cidade. Imagens e áudios de pessoas aglomeradas em frente as unidades e nas empresas fornecedoras de gás, mostram um caos com narrativas dramáticas em meio a pandemia do coronavírus na capital do Amazonas, que registou ontem 198 enterros e mantém uma média de mais de mil novos casos diários do vírus.

Em um desses depoimentos, o aposentado Públio Caio teve que ir atrás e oxigênio e levar nas costas para o filho, internado no Hospital de Medicina Tropical. “Isso é uma guerra. Nos tivemos uma segunda onda, era previsível. Rezem, rezem. Que os governantes dem um resposta”, disse emocionado.

No hospital federal Getúlio Vargas, recentemente integrado no plano emergenciacom 60 leitos, também não há o gás. Uma mãe, que não se identifica, fala que a família teve que comprar para um parente com saturação de menos de 60%.

A direção do hospital confirmou a falta por meio de nota. Reforçou que não está medindo esforços para manter o atendimento e que está mantendo contato permanente com a empresa fornecedora. Ainda na manhã desta quinta-feira (14) chegou um carga do produto para o hospital.

Na recém aberta UBS da Universidade Nilton Lins, um camburão da Polícia Militar foi usado para transportar oxigênio para a unidade, que operava com superlotação.

Algumas empresa da rede privada entraram na Justiça para manter o abastecimento das suas unidades e também enfrentam a falta do produto.

Atualmente o consumo de oxigênio no estado está em 75 mil metros cúbicos por dia, mas as principais fornecedoras – White Martins, Carboxi e Nitron – produzem juntas 28,2 mil metros cúbicos de oxigênio.

Aviões cargueiros da Força Aérea Brasileira tem feito uma ponte aérea entre o aeroporto de Guarulhos (SP) e a Base Aérea no Aeroporto de Ponta Pelada de Manaus transportando 5 mil metros cúbicos por viagem. Um Boeing teria capacidade máxima para transportar 3 mil metros cúbicos

Balsas também estão trazendo O2 de Belém levando em média 5 dias para fazer o trajeto até a capital do Amazonas. Cada balsa transporta o equivalente a quatro carretas com o produto.

Hoje pela manhã o secretário de Saúde, Marcellus Campêlo, fez um pronunciamento na televisão. Ele confirmou que o consumo chegou ao nivel acima de 70 mil metros cúbicos de oxigênio, que normalmene é de 30 mil metros cúbicos do gás.

“Ontem (quarta-feira) fomos comunicados do colápso que ocorreria por algumas horas. Comunicamos ao governador que tomou as providencias. As demandas de oxigênio teve uma súbita elevação inesperada e vinhamos traalhando desde outubro que forneceu respiradores, bombas de infusão, monitoes e a abertura de novos leitos abertos.

Reinfecção por nova variante do vírus

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) confirmou ontem (13) o primeiro caso de reinfecção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), por meio de sequenciamento genético realizado pela Fundação Osvaldo Cruz-AM.

A notificação foi encaminhada no final da noite de terça-feira (12) para o Centro Estratégicos de Informações de Vigilância em Saúde (Cievs) da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde, após a confirmação do resultado emitido pela Fiocruz. Na sequência foi emitido um Alerta Epidemiológico Internacional.

Leia mais: Amazonas tem toque de recolher; 19h às 6h da manhã(Abre numa nova aba do navegador)

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