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Usipa renova convênio para proteção de animais silvestres

Pelo quarto ano consecutivo, a Usipa e a Arpava (Associação Regional de Proteção Ambiental do Vale do Aço) manterão a parceria iniciada em 2017. O convênio prevê a utilização do Cebus (Centro de Biodiversidade da Usipa) para os cuidados com os animais silvestre resgatados. Batizado de Programa de Reabilitação da Fauna Sem Lar, é uma ação conjunta que envolve ainda o IEF (Instituto Estadual de Florestas), a Polícia e o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais; a Promotoria de Meio Ambiente de Ipatinga e a Usiminas.

O objetivo é prestar serviços médico-veterinários e atendimentos clínicos a animais silvestres recolhidos. “Na região, o Cebus é o único local com estrutura adequada para recebimento destes animais. Após o convênio, esse atendimento passou a ser feito de forma mais satisfatória. Conseguimos reduzir a mortalidade e aumentar as solturas”, explica a bióloga do Cebus, Cláudia Diniz.

Nesses três anos, o Cebus já atendeu quase 1,3 mil animais, resgatados ou recolhidos pelos órgãos competentes, em situação de risco em cidades como Ipatinga, Coronel Fabriciano, Timóteo, Santana do Paraíso, Belo Oriente, Ipaba, Açucena, Governador Valadares e região, Manhuaçu, Pingo D’Água, João Monlevade, Itabira e Bom Jesus do Galho. Dentre as espécies atendidas constam aves, répteis e mamíferos sendo que a maioria são aves (psitacídeos e passeriformes) vítimas do tráfico e mamíferos agredidos, atropelados ou feridos por equipamentos urbanos. Neste período, o Cebus contabilizou a perda de 37% dos atendimentos por morte, pois foram recebidos em situação grave, com lesões profundas, sem chances de recuperação, mesmo recebendo atendimento adequado.

Outros 41,3% foram entregues de volta ao seu habitat, sendo que vários foram transferidos antes para instituições com melhores condições de reabilitação antes da soltura. Em alguns casos, a reabilitação para devolução a natureza não foi possível devido ao longo período em que estes animais permaneceram em cativeiro, recebendo alimentação diferente da encontrada em seu habitat original e desenvolvendo comportamentos que dificultam a ressocialização. Nestes casos, o Cebus se prontificou a abrigá-los em definitivo, sendo 8,1% do total incorporados ao seu plantel, mediante autorização do IEF. Atualmente, permanecem em reabilitação pouco mais de 100 animais;

Segundo o médico veterinário Lélio Costa e Silva, chefe do setor, o Cebus não está autorizado a receber animais silvestres trazidos diretamente por particulares. Eles devem ser entregues pela Policia Ambiental ou Corpo de Bombeiros, acompanhados da documentação de origem.

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