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Agricultura orgânica: como empreender no mercado de orgânicos

São Paulo 3/9/2020 – Com a mudança climática, empresas e governos têm procurado alternativas que gerem menos impacto quando comparadas com a produção convencional.

Os consumidores se interessam cada vez mais pelo consumo de produtos orgânicos e naturais para uma alimentação mais saudável.

A alimentação saudável e livre de aditivos químicos está cada vez mais em pauta. A preocupação com as condições da produção agrícola vem tanto do consumidor quanto dos governos, que pedem por maior equilíbrio entre indústria e natureza. Por isso, o mercado de orgânicos tem crescido, inclusive no Brasil: a expansão fica entre 15% e 20% a cada ano.

Isso se dá pelo interesse do público por esse tipo de alimentação e pela maior oferta de produtos, impulsionada por modelos de negócio que conectam os agricultores familiares ao consumidor.

COMO FUNCIONA O MERCADO DE ORGÂNICOS
A produção orgânica segue os princípios agroecológicos, ou seja:

– Uso responsável do solo, da água e do ar
– Respeito ao meio ambiente
– Priorização da sustentabilidade social e econômica
Dessa forma, a produção deve utilizar apenas insumos naturais, manejo manual ou mecânico do solo, práticas preventivas contra pragas, tratamento de todos os organismos vivos como parte da produção, entre outras ações.

Para garantir a produção responsável e transparente, há uma certificação obrigatória, o selo SisOrg, para produtores de fazendas, sítios ou indústrias. Para comercializar alimentos orgânicos, é preciso ter a certificação, e isso envolve a não aplicação de agrotóxicos, bem como a análise de água e solo da região. A legislação protege o consumidor e também os países que importam esses produtos.

No entanto, agricultores familiares não precisam seguir essa regra e podem vender alimentos diretamente para o consumidor, contanto que estejam cadastrados no Ministério da Agricultura e integrem uma organização de controle social.

POR QUE APOSTAR NO MERCADO DE ORGÂNICOS DEMANDA
Os consumidores se interessam cada vez mais pelo consumo de produtos orgânicos e naturais para uma alimentação mais saudável. O estudo The Top 10 Consumer Trends, feito em 2017 no mundo todo, mostrou que cerca de 79% dos participantes substituem alimentos “convencionais” por versões mais nutritivas.

Da mesma forma, não pode deixar de esquecer da demanda do varejo: supermercados também procuram entrar no mercado de orgânicos e, para isso, precisam de fornecedores.

MEIO AMBIENTE
Com a mudança climática, empresas e governos têm procurado alternativas que gerem menos impacto quando comparadas com a produção convencional. Por meio dos princípios básicos da agroecologia, a produção de alimentos deve estar em sintonia com a natureza, o que, consequentemente, gera menos prejuízos para o ecossistema.

FOME NO MUNDO
Como o mercado de orgânicos preza a sustentabilidade, a manutenção dos recursos naturais, o solo e os ecossistemas como um todo, a degradação do meio ambiente não acontece. Por isso, a resposta para o problema da fome no mundo está nos orgânicos. Segundo a ONU, a ideia de que pesticidas são necessários para alimentar os habitantes da Terra é mito.

VALORIZAÇÃO DO PEQUENO PRODUTOR
O mercado de orgânicos traz renda para pequenos produtores, que nem sempre têm as ferramentas necessárias para a distribuição da mercadoria. Por meio de parcerias com empresas, é possível impulsionar seu trabalho e aumentar as vendas. Essa questão é valorizada pelo consumidor que se preocupa socialmente com o que consome.

INOVAÇÃO NO MERCADO DE ORGÂNICOS

Atualmente existem vários modelos de negócio capazes de fazer os alimentos chegarem ao consumidor. Abaixo alguns exemplos:

FEIRAS
As feiras são um modelo antigo, mas ganharam nova roupagem e atraem pessoas interessadas em produtos diferentes daqueles encontrados em mercados. As chamadas feiras livres estão presentes em várias cidades, como em Belo Horizonte com a sua Feira Fresca.
https://www.sitiopema.com.br/organicos-feiras-mercados/

Todo mês, produtores locais se juntam em um só lugar para oferecer grande variedade de produtos, principalmente orgânicos e naturais. Por meio da venda direta entre produtor e cliente, é possível reduzir preços ao encurtar a cadeia.

Certificação Orgânica
Certificação Orgânica é o procedimento pelo qual uma certificadora devidamente credenciada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e credenciada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), assegura por escrito que determinado produto, processo ou serviço obedece às normas e práticas de produção orgânica.
https://www.sitiopema.com.br/certificacao-organica-conseguir-o-selo/

Para o agricultor seja produtor orgânico é necessário um Organismo da Avaliação da Conformidade Orgânica, denominado OAC, que, por sua vez, tem que ser credenciado junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), ou então o produtor pode se organizar em um grupo e cadastrar-se junto ao MAPA para realizar a venda direta ao consumidor sem a certificação.

Há três tipos de classificação de produtos orgânicos disponíveis para o consumidor: Certificação por Auditoria (OAC), Sistema Participativo de Garantia e Controle Social na Venda Direta.

Website: https://www.sitiopema.com.br/

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