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É possível “forjar” um transtorno mental? Como isso funciona na dependência química?

Mairiporã, São Paulo 21/8/2020 – É praticamente impossível o dependente químico fingir ter outro transtorno. Ele já tem a doença principal, que acaba exacerbando qualquer outra.

Muitas pessoas forjam sintomas de transtornos mentais com o objetivo de obter ganhos em determinados contextos. Porém, a simulação e a produção de sintomas é normalmente representada pelo exagero dessas doenças. Geralmente as mentiras contadas por quem está forjando não condizem exatamente com o diagnóstico clínico da doença, por isso, geralmente os psiquiatras conseguem facilmente detectar estas mentiras.

Ao contrário de uma patologia comum ou alguma fratura no corpo, um transtorno mental somente é diagnosticado a partir do comportamento e dos relatos do paciente, e não por um exame físico. Não existe um exame específico, do tipo: raio-X para esquizofrenia, tomografia para transtorno de personalidade.

Porém, na prática, para enganar um psiquiatra o indivíduo deve ter um dom extraordinário de atuação, é realmente muito difícil enganar um bom profissional.

Através de uma entrevista longa o psiquiatra consegue detectar se o paciente tem comportamento incoerente com as descrições.

Por exemplo, no caso de uma esquizofrenia o que confirma o diagnóstico da doença não são vozes imaginárias ou pensamentos estranhos, mas a forma como a pessoa se vincula afetivamente com os outros.

Quando a pessoa tenta forjar sintomas como alucinações, torna-se até mais fácil de se detectar a incoerência, pois ela tente a adotar comportamentos bizarros para se tornar mais convincente, o que acaba denunciando a “atuação”.

A pessoa que tenta forjar um transtorno mental tenta se esforçar para parecer doente e assumir o controle da entrevista, enquanto pacientes genuínos geralmente relutam em discutir seus sintomas.

E por que uma pessoa poderia ter algum interesse em fingir ter um transtorno mental?

De acordo com pesquisa realizadas em 2015 pela Universidade de Paraíba por profissionais graduados em psicologia, afirma-se que, na maioria das vezes, pessoas fingem problemas mentais para obterem ganhos inseridos em diversos contextos, desde situações do dia a dia até processos cíveis e criminais. *

O mais comum, nesse caso, é a busca por inimputabilidade criminal. O indivíduo finge para não assumir as penalidades de um crime. No entanto, quem finge geralmente acaba tendo algum “tropeço” do tipo: inventa alucinações e delírios, que normalmente são muito diferentes dos legítimos e ignora sintomas menos cinematográficos, como a apatia e o achatamento de emoções.

Outro motivo pelo qual as pessoas podem também tentar fingir algum transtorno é para conseguir aposentadoria por invalidez, auxílio-doença. No entanto, ao fingirem acabam exagerando tanto alguns sintomas que, se fossem reais, não teriam permitido sequer que estas pessoas chegassem até o local para a perícia

Como esta questão funciona na dependência química?

Na opinião do terapeuta especialista em dependência química, José Carlos Marcondes Arantes: “É praticamente impossível o dependente químico fingir ter outro transtorno. Ele já tem a doença principal, que acaba exacerbando qualquer outra. O médico (ou qualquer outro profissional que esteja investigando a doença) deve observar muito bem os códigos (principalmente os não verbais) do paciente até conseguir diagnosticar qualquer possível comorbidade que o dependente químico possa ter”.

A própria dependência química acaba confundindo outros transtornos. Às vezes alguns médicos (que não estejam tão familiarizados com o tratamento da dependência química) podem não perceber que, durante a abstinência do paciente dependente químico, algumas características de outros transtornos mentais podem surgir, como, por exemplo: alucinações, delírios, depressão profunda, etc.

“Estes sintomas mais críticos podem, muitas vezes, desaparecer depois do período mais agudo de abstinência, por isso é muito importante que o paciente esteja sendo tratado por especialistas no assunto – pois podem surgir diagnósticos incorretos”, comenta Sergio Castillo, psicólogo e especialista em dependência química, responsável pela Clínica Grand House, centro de tratamento para dependência química e suas comorbidades, com mais de 20 anos de experiência na área.

Saiba mais sobre este tema e outros relacionados ao tratamento da dependência química: www.grandhouse.com.br

*Fonte: Estudo “Simulação de sintomas e transtornos mentais: uma revisão crítica do fenômeno para a psicologia” – Universidade da Paraíba, autoria: Rodrigues, Diego Bezerra; Freitas, Géssica Almeida de; Farias, Arethusa Eire Moreira de; Amorim-Gaudêncio, Carmen. 02/10/2015 – https://pesquisa.bvsalud.org/

Website: http://www.grandhouse.com.br

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