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UPA de Ipatinga conta pela 1ª vez na história com profissional de fisioterapia

Pela primeira vez em seis anos, desde a sua inauguração, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ipatinga passa a contar com assistência fisioterapêutica. Um profissional da especialidade começou a atender no local no início da semana, para suporte aos casos de pacientes que chegam com desconforto respiratório agudo.

 A contratação deste novo serviço veio trazer mais qualidade e humanização à saúde pública de Ipatinga, principalmente neste período de pandemia. O Coronavírus pode causar uma inflamação muito grande nos pulmões, afetando diretamente a troca gasosa e, por isso, os pacientes entram em falência respiratória rapidamente.

Dessa forma, a fisioterapia tem papel fundamental tanto no início do tratamento como na recuperação da infecção causada pela Covid-19.

Procedimento

A fisioterapeuta Kenya Rodrigues Marques iniciou suas atividades na UPA na segunda-feira, 13 de julho. Ela explica que a atuação da fisioterapia na urgência e emergência não é tão conhecida pela população. Porém, essa assistência é de suma importância nos pacientes acometidos pela covid-19.

“Começamos fazendo uma avaliação do padrão ventilatório do paciente, se ele está com esforço respiratório, se precisa de suporte ventilatório maior, seja a ventilação não invasiva ou a mecânica invasiva. O objetivo é melhorar de imediato esse padrão respiratório, as trocas gasosas e fazer com que o paciente supere o desconforto respiratório”, explica.

A profissional acrescenta que “além de toda essa avaliação para o uso de ventilação no paciente, quando associado ao método de pronação, onde se coloca o paciente em decúbito ventral (barriga para baixo), os resultados são ainda mais satisfatórios na melhora da oxigenação. Existem estudos científicos que comprovam que quando pacientes são pronados nas primeiras 48 horas há uma redução significativa na taxa de mortalidade. E, neste momento emergencial, é fundamental reduzir esse risco de complicação pulmonar”.

Transporte

Outro ganho considerável com a presença da profissional da fisioterapia atuando na UPA é a melhoria na condição clínica do paciente, caso haja necessidade da realização de um transporte para unidade hospitalar.

“Não adianta nada ter leito se o paciente não tiver condições clínicas para ser transportado. Quando se identifica a necessidade da transferência para a UTI, é porque o paciente chegou em um quadro agudo e está instável hermodinâmica. A prática da fisioterapia pode garantir uma possível estabilização e preparar o paciente para que ele possa chegar no setor de destino com um estado clínico melhor e menos chance de complicações”, explicou a referência técnica em Fisioterapia do município de Ipatinga, Amanda Ludmila Ribeiro Scarabelli.

PMI

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