Petrobras lança Plano de Demissão Voluntária e espera mais de 9 mil adesões. A estima é de que a maior parte dos funcionários deve sair ainda neste ano, e “uma parcela secundária no ano que vem”. O anúncio foi feito pelo presidente da Companhia, Roberto Castello Branco, durante evento online promovido pela Amcham Rio, câmara de comércio que integra empresas brasileiras e internacionais.
Castelo Branco comentou ainda que sobre a expectativa da Petrobras em se tornar mais competitiva no mercado de petróleo e gás.
Sonora: “Custo de pessoal é um problema na Petrobras. Temos desvantagem em relação aos competidores. E a saída de pessoas diante desse novo cenário nos ajuda a ser competitivos mesmo com preços baixos [do petróleo]”.
O executivo ressaltou que, diante do cenário desafiador para o setor do petróleo e para a economia global, em meio a grave crise sanitária imposta pela pandemia da covid-19, a empresa adotou uma série de medidas.
Entre as ações já colocadas em prática, Roberto Castello Branco citou campanha de redução dos custos, com a diminuição dos investimentos de US$ 12 bilhões para US$ 8,5 bilhões este ano.
O executivo também falou sobre as perspectivas de novas formas de trabalho na empresa.
Sonora: “Não só pela redução do número de empregados e terceirizados, mas também com a utilização do homeoffice. Nosso plano é voltar com metade dos empregados das áreas administrativas trabalhando em homeoffice…”
Em relação ao mercado de petróleo, Castello Branco disse que a demanda global pelo produto caiu 25% em abril.
Sonora: “Com o relaxamento das medidas de distanciamento e o início de recuperação da China, a demanda melhorou um pouco. Os preços do barril do petróleo se estabilizaram em torno de US$ 40, mas, nem por isso, podemos nos dar por satisfeitos achando que o pior já passou e agora o céu é azul. De maneira nenhuma. Porque nós temos em marcha uma recessão global. A última estimativa do Fundo Monetário Internacional é de uma contração de 4,9% no PIB global”.
Entre as medidas de gestão, Castello Branco destacou que houve uma redução de custo com a ocupação de prédios pela empresa. Segundo ele, a Petrobras ocupava 23 prédios em 2018. Em 2019, o número caiu para 17 e, em 2021, a empresa vai ocupar oito edifícios.
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