O aumento exponencial no número de casos de coronavírus, que chegaram hoje à marca pelo 20 por dia, pode levar Ipatinga, em algumas semanas, a ser obrigada a adotar o estado de lockdown, palavra em inglês que ficou famosa em todo o mundo em tempos de pandemia, e que significa bloqueio total ou confinamento. A medida, como deixou claro o prefeito Nardyello Rocha, ainda não está na pauta do comitê municipal de enfrentamento da pandemia, mas a situação pode sim, ser estudada e aplicada, caso seja algo necessário para se evitar o avanço da doença.
A fala do prefeito, respondendo a uma pergunta feita pelo Portal N+, aconteceu durante uma coletiva no final da manhã desta terça-feira, 26, em seu gabinete, no 4º andar do Paço Municipal Jamil Sellim de Sales. Nardyello, que estava acompanhado da secretária de Saúde, Érica Dias, frisou que situação de Ipatinga, que registrou nesta segunda-feira, 26, a sua primeira morte por coronavírus, é “preocupante” e segundo o protocolo da OMS está em “Risco muito Alto”, depois de atingir a marca de 144 casos ou 551 por milhão de habitantes. Para se analisar a possibilidade de lockdown, o marco é de 750 por milhão.
Nardyello disse ainda que por conta disso, o Hospital de Campanha será montado nas instalações da Escola Estadual Canuta Rosa (antigo Polivalente), devendo começar a funcionar no final da próxima semana. Isso deve, de cara, aumentar dos atuais 16 leitos para vítimas por coronavírus para 40. Ele frisou que como o Governo do Estado ainda não enviou nenhum respirador para o município e o produto está em falta no mercado, serão instalados leitos de enfermaria. Isso será importante para desafogar o Hospital Municipal, que atende não só a pacientes de Ipatinga, mas de 35 municípios.
O prefeito disse ainda que outra medidas como a instalação de 20 pontos de sanitização e até mesmo barreiras sanitárias podem ser feitos, sempre na tentativa de se evitar a propagação da doença. Nardyello disse ainda que não vai sancionar o veto derrubado pela Câmara que permite a reabertura do Shopping do Vale de bares e de restaurantes. “Eu não vou assinar. Se eles quiserem correr o risco……”, enfatizou.