Governo de São Paulo prorroga quarentena até 15 de junho, mas anuncia plano de flexibilização a partir do dia primeiro. O objetivo do plano é a retomada econômica e foi divido em cinco fases que levam em consideração dois critérios: a disponibilidade de leitos de terapia intensiva e a velocidade de avanço de casos de coronavírus. Os municípios em situação mais crítica devem manter todas as restrições de funcionamento do comércio.
Para aqueles na segunda fase, será possível reabrir shopping centers e comércio de rua, exceto praças de alimentação, bares e restaurantes. Escritórios, concessionárias de veículos e atividades imobiliárias também vão poder ser retomadas. Na fase 3, salões de beleza, bares e restaurantes vão poder funcionar, mas ainda com restrições. Na fase 4, voltam as academias. E na última etapa de flexibilização, apenas teatro, cinemas e grandes eventos continuam proibidos.
O uso de máscara continua obrigatório em todas as situações. Segundo o governo, a cidade de São Paulo já cumpre os critérios da segunda fase do plano, com possibilidade de reabrir o comércio e shopping centers. Mas, segundo o prefeito Bruno Covas, antes disso, cada setor vai ter que assinar uma espécie de carta compromisso com a prefeitura.
O prefeito prometeu detalhar como serão os acordos setoriais nessa quinta-feira (28). Já as outras cidades da Grande São Paulo e todos os municípios da Baixada Santista continuam enquadradas na fase 1 e devem manter os padrões mais rígidos de isolamento social. Duas áreas ficaram de fora do plano. Educação e Transportes e o governo segue discutindo o que deve ser feito, como explicou a secretaria de Desenvolvimento Econômico do estado, Patrícia Ellen.
Além do setor econômico do governo, o Plano São Paulo foi elaborado com a participação do Centro de Contingência para o Coronavírus, que passou a contar com um novo integrante, o ex-secretario executivo do Ministério da Saúde, João Gabardo, que defendeu as medidas de isolamento social que estão sendo adotadas por governadores e prefeitos.
Apesar do novo programa de flexibilização da quarentena, a cada dia a média de óbitos continua subindo no estado de São Paulo. Nas últimas 24 horas, mais 289 pessoas morreram infectadas pelo coronavírus no estado. O número de óbitos chegou a 6.712. O estado tem mais de 89 mil casos de Covid-19 confirmados e 12 mil e trezentos pacientes internados. Desse total, mais de quatro mil 600 em regime de terapia intensiva. 73% dos leitos de UTI estão ocupados no estado e 87,6% na Grande São Paulo.
FONTE: https://radioagencianacional.ebc.com.br/