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Homem é preso por fabricar e comercializar álcool em gel falsificado em Ipatinga

Um homem de 32 anos foi preso pela Polícia Militar, na tarde desta quarta-feira (25), acusado de vender álcool em gel falsificado. Na casa dele, no bairro Bethânia, foram apreendidos 1 galão de álcool anídrico (encontrado em postos de combustíveis), 161 galões para comercialização do produto, um misturador, um balde de preparo da mistura e 55 rótulos.

A denúncia chegou à Administração municipal pelo 156, sendo fiscalizada e checada por integrantes do Comitê Gestor de Crise, criado pela Prefeitura de Ipatinga para atuar emergencialmente em função do novo coronavírus.

A comercialização do produto era feita por meio de telefone, com um número divulgado nas redes sociais. Conforme a fiscalização, o produto era feito com álcool comumente encontrado em postos de combustíveis e misturado em gel para cabelo.

“O que encontramos na casa dele foi um laboratório improvisado para a fabricação de um produto completamente ineficaz para o combate do vírus e a um preço abusivo”, explica o secretário de Serviços Urbanos e Meio Ambiente, Agnaldo Bicalho.

Pena

De acordo com o artigo 273 do Código Penal, a pena para o crime de falsificação, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais é reclusão que varia de 10 a 15 anos e multa.

O homem foi conduzido à Delegacia Regional de Polícia Civil, assim como os materiais apreendidos. “Além da fabricação irregular, ele ainda estava comercializando o produto falsificado, e que isso sirva de exemplo para outras pessoas que têm aproveitado deste momento para querer ganhar dinheiro de uma maneira fácil e especulativa”, alerta Agnaldo Bicalho.

Álcool em gel

O álcool em gel tem sido usado por toda a sociedade como produto de higiene preventiva para evitar o avanço do vírus que provoca a covid-19. O recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Anvisa é usar soluções onde há concentração de 70% de álcool etílico. No entanto, várias receitas caseiras, que não foram aprovadas pelas agências reguladoras, circulam na internet.

O gerente da Vigilância Sanitária, Rômulo Anício, que também participou da fiscalização desta quarta-feira, ressalta que se a pessoa quiser usar o álcool em gel deve procurar aquele que já foi aprovado pelas agências reguladoras.

“O produto falso, além de irritar a pele, não tem eficácia nenhuma, porque ele não é bactericida. Apesar de ele possuir álcool, não é na qualidade e quantidade suficiente para matar qualquer bactéria e vírus”, esclarece.

FONTE: PMI

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